VICE-GOVERNADOR

Simões se coloca como sucessor natural de Zema: ‘Não há espaço para outro’

Vice-governador deve assumir o comando do estado em março de 2026, quando Zema sair para a campanha faltando um mês para o prazo de "desincompatibilização"

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São Paulo - A pré-candidatura de Romeu Zema (Novo) ainda abre caminho para consolidar o nome do vice-governador Mateus Simões (Novo) na disputa pelo governo do estado. Discursando pouco antes do chefe do Executivo mineiro, Simões subiu ao palco ovacionado pela plateia de correligionários e disse que “não há espaço para quem não é o sucessor do governador”, em uma tentativa de se posicionar como a escolha natural da direita pelo Palácio Tiradentes.

Com um discurso mais leve, Simões brincou e disse que com toda certeza será governador do estado. "Zema vai renunciar em março, então eu serei governador. Só não sei até quando", disse, lembrando que o governador tem um prazo de seis meses antes da eleição para deixar o cargo, o que pelo calendário eleitoral seria em abril.

Diante de um cenário em que disputa o campo da direita com o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e ainda pode contar com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ambos melhor avaliados nas primeiras pesquisas eleitorais, Simões ressaltou que não terá uma disputa equilibrada contra a esquerda mineira. O vice-governador avaliou que a indefinição do campo aliado de Lula favorece a direita.

“A esquerda está tão embaralhada que nem adversário eu tenho colocado em Minas Gerais, mas ele virá. E o nosso trabalho vai ser provar que não há espaço para alguém que não seja o sucessor do governador Romeu Zema”, ressaltou Mateus Simões.

A esquerda citada pelo vice-governador ainda não tem um candidato. O favorito de Lula para a disputa é o senador Rodrigo Pacheco (PSD), mais alinhado ao campo da centro-direita. Contudo, o parlamentar tem como principal desejo uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode se tornar vaga em setembro com uma possível aposentadoria do ministro Luis Roberto Barroso. Neste cenário, o PSD inclusive demonstra inclinação a apoiar Simões.

O vice de Zema terá desafios semelhantes ao do governador, formar uma aliança que unifique o seu campo político e se tornar conhecido do eleitorado. No primeiro ponto, ele parece já caminhar melhor do que Zema em sua empreitada nacional. Durante seu discurso, Simões ressaltou a presença massiva de deputados estaduais da base que fazem parte de partidos da direita e centro-direita.

Segundo ele, o prestigio dos parlamentares da Assembleia Legislativa mostra a “força” do trabalho do Governo Zema no estado. “A prova disso é que nós não estamos aqui só com os políticos do Novo. Estamos com os deputados da nossa base estadual, nossos deputados federais e inúmeros prefeitos, inclusive de outros partidos, que estão aqui para dizer que Zema é o melhor homem para governar o Brasil”, disse.

Entre os presentes estiveram os deputados estaduais Adriano Alvarenga (PP), Zé Guilherme (PP), Nayara Rocha (PP), Carlos Henrique (Republicanos), Gustavo Valadares (PMN), Leonídio Bouças (PSDB), Arlen Santigo (Avante), e o líder de governo João Magalhães (MDB). Entre os parlamentares federais estiveram Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) e Nely Aquino (Podemos-MG). O evento teve a presença de prefeitos como Paulo Sérgio (PP), de Uberlândia, e a ex-prefeita de Vespasiano, Ilche Rocha (PSDB).

Por outro lado, Simões reconhece que não é conhecido pelo mineiro. Ele citou como exemplo um caso em que durante agenda pelo interior, uma produtora rural perguntou quem ele era. Ao ouvir que era o vice-governador, ela teria perguntado: ‘de onde?’. “Zema é sim conhecido, o que as pessoas não sabem é que ele é candidato a Presidência. O Brasil tem uma alternativa, um caminho que é possível fazer diferente, como os exemplos já praticados em Minas Gerais. O estado que gerou um milhão de carteiras assinadas. É essa a realização que estamos entregando”, afirmou.

O vice-governador também fez duras críticas e adotou o mesmo tripé do discurso de Zema. Atacou o governo Lula, defendeu uma política dura na Segurança Pública e criticou o que entende por privilégios. Simões inclusive criticou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), quadro histórico do PSDB que se aliou aos petistas durante as eleições de 2022. “Que vergonha”, disse.

Ele também afirmou que o partido Novo é o “verdadeiro Partido dos Trabalhadores”, afirmando que não precisará ter uma boa relação com Lula caso eleito governador em 2026, pois acredita que o petista será derrotado por Zema. “O partido daquele que todo dia de manhã acorda para trabalhar, para ganhar seu pão e justificar o seu papel da sociedade. Chega de mamata para a calhorda que ocupa o Brasil. Está na hora de a gente retomar o Brasil, e Romeu Zema é o homem do trabalho", disse.

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