O senador Magno Malta (PL-ES) se acorrentou na mesa diretora do Senado durante o segundo dia de obstrução da oposição no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (6/8). O bolsonarista afirmou que só vai sair do lugar se a anistia aos condenados na suposta tentativa de golpe e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), forem aprovados.

“Nós estamos acorrentados e só sairemos com uma solução concreta para o povo que está na rua, para o povo que está sofrendo e esperando que nós façamos uma ação de verdade”, disse o senador em um vídeo que está viralizando nas redes sociais.

Desde ontem os parlamentares bolsonaristas estão revezando a ocupação das mesas diretoras do Senado e da Câmara, impedindo que projetos sejam votados. O grupo pressiona para que suas pautas recebam sinais positivos do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e do senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente de suas respectivas Casas.

Em coletiva de imprensa nessa terça-feira (5/8), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, apresentou o que chamou de “pacote da paz”. A medida, segundo os parlamentares, tem como objetivo a “pacificação” do país. 

Além do impeachment de Moraes e anistia ampla e irrestrita aos condenados dos ataques aos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023, o grupo pressiona para o fim do foro privilegiado - de acordo com o grupo, a prerrogativa estaria sendo usada para pressionar os parlamentares com processos no STF.

Em nota, Alcolumbre disse que a ocupação das mesas diretoras “constitui exercício arbitrário”. O presidente do Senado pediu bom senso dos colegas para a retomada dos trabalhos com “respeito, civilidade e diálogo”.

“O Parlamento tem obrigações com o país na apreciação de matérias essenciais ao povo brasileiro. A ocupação das Mesas Diretoras das Casas, que inviabilize o seu funcionamento, constitui exercício arbitrário das próprias razões, algo inusitado e alheio aos princípios democráticos”, disse.

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