O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) reagiu à recusa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que também podem retirar o senador do cargo. Nesta quinta-feira (7/8), a oposição bolsonarista conseguiu reunir as 41 assinaturas para protocolar a abertura do processo contra o magistrado.
O deputado mineiro comentou a coluna da jornalista Roseann Kennedy, do Estadão, no qual Alcolumbre teria dito para os líderes partidários que não pautará o impeachment nem com 81 assinaturas. “Então serão dois impeachments”, disse Nikolas Ferreira.
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Pelo impeachment do magistrado, os senadores de oposição chegaram a ocupar a mesa diretora do Senado de terça (5/8) até a noite dessa quarta-feira (6/8), obstruindo os trabalhos da Casa Alta do Congresso. O movimento ocorreu em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no julgamento da suposta tentativa de golpe de Estado.
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Apesar da pressão, Alcolumbre foi crítico a ocupação dos senadores e anunciou sessão deliberativa semipresencial, sem a necessidade dos parlamentares estarem no Plenário para votar.
“O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. Seguiremos votando matérias de interesse da população. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, disse.
Trends
O Trends, ferramenta do Google que mostra os temas mais populares no buscador em um passado recente, informa que o termo "impeachment de Moraes" alcançou seu mais alto teor de pesquisas nesta semana.
Em meio à ordem de prisão de domiciliar expedida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a população brasileira, especialmente à alinhada à ideologia direitista, passou a procurar informações sobre uma possível cassação do ministro no STF.
Antes da semana atual, o termo registrou um aumento de buscas também em setembro do ano passado. Na ocasião, senadores apresentaram um pedido de impeachment de Moraes na Casa por um suposto crime de responsabilidade.