O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar o Brasil durante uma conversa com jornalistas na Casa Branca, nesta quinta-feira (14/8), afirmando que o país tem sido um péssimo parceiro comercial, apesar dos dados que apontam que a relação comercial entre os países é favorável para os americanos desde 2009.

"O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada. (...) Eles cobram tarifas enormes e tornaram tudo muito difícil de fazer. Então, agora estão sendo cobrados 50% de tarifas, e não estão felizes, mas é assim que funciona", afirmou Trump.

O presidente havia sido questionado sobre a aproximação que diversos países da América Latina estão tendo com a China após as tarifas aplicadas por ele, que não demonstrou preocupação com as relações entre a potência asiática e os latino americanos.

A afirmação de Trump é contestada pelo governo brasileiro com base em dados de exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que aponta que o último ano em que a balança comercial pendeu para o Brasil foi em 2009 com US$ 928 milhões.

A relação comercial entre os países em 2024 apontou um superávit acima de US$ 28 bilhões para os americanos.

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Inicialmente, Trump havia afirmado que as tarifas de 50% para os produtos brasileiros que fossem importados dos Estados Unidos valeria para todos os produtos, mas, já próximo a data que as sanções passariam a valer, foi anunciada a retirada de 700 itens da lista com taxas, como suco de laranja, petróleo, minério de ferro, celulose e aviões.

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