O presidente do Novo em Minas Gerais, Christopher Laguna, revelou que o partido tem planos para dobrar sua participação na Assembleia Legislativa (ALMG) e eleger pelo menos três deputados federais pelo estado. De acordo com ele, a pré-candidatura de Romeu Zema (Novo) à presidência, lançada nesse sábado (16/8), é fundamental para o futuro do partido.
Atualmente, o Novo tem penas dois deputados no Legislativo mineiro: Zé Laviola e Dr. Maurício. Já na Câmara dos Deputados a legenda não conseguiu eleger representante algum por minas em 2022, apesar do governador ter sido reeleito em primeiro turno com seis milhões de votos. O partido projeta cinco deputados estaduais eleitos no ano que vem.
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A baixa representativa no Legislativo federal inclusive fez com que o partido não atingisse a cláusula de barreira, mecanismo que exige uma votação mínima para acesso ao programa eleitoral gratuito de rádio e TV e ao fundo partidário.
“A importância da gente ter um presidenciável é, principalmente, bater a cláusula de barreira. E o Zema vai ser o grande puxador disso. Obviamente, é uma campanha que ainda tem um ano pela frente. Pode ser que lá na frente o Bolsonaro, recuperando os direitos dele, a gente não dispute. Mas, de certa forma, precisa ter um presidenciável para ter bons candidatos, para apresentar esses candidatos para os mineiros e para o Brasil, e a gente conseguir bater as barreiras, o que é importantíssimo para continuação do Novo”, disse.
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Como trunfo no estado, o partido pode apostar nos três vereadores em Belo Horizonte: Fernanda Altoé, Marcela Trópia e Braulio Lara. O trio foi reeleito em 2024 com uma média de 15,5 mil votos. O resultado expressivo coloca eles como cotados para representarem o partido nas urnas no ano que vem.
O cenário também favorece o crescimento do partido após um bom resultado nas eleições municipais de 2024. O partido saiu de 35 vereadores para 264 parlamentares eleitos. O Novo conseguiu eleger 19 prefeitos e 36 vice-prefeitos, frente ao único chefe de município eleito em 2020.
Simões
Laguna acredita que o vice-governador Mateus Simões (Novo), pré-candidato ao Palácio Tiradentes, não saia do partido para a disputa de 2026. Simões chegou a ser ventilado no PSD, que hoje faz parte da base do governo na Assembleia, e já recebeu sinais de apoio de uma ala do partido, incluindo o presidente nacional Gilberto Kassab.
“Especulações tem. Todo mundo falava que o Zema ia para o PL, mas ele ficou. Acredito que o Mateus Simões não saia. Originalmente ele surge pelo Novo como vereador, depois vira vice-governador. Ele é o nosso candidato e eu acredito piamente que continuará conosco”, ressaltou.
Originalmente, o senador Rodrigo Pacheco é cotado para ser o candidato do PSD em Minas Gerais, alinhado com o presidente Lula (PT). Contudo, o parlamentar tem como objetivo pessoal uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode ser aberta com uma possível aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso. Em entrevista ao O Globo, Kassab avaliou o cenário.
“Rodrigo é uma pessoa muito bem preparada, mas o sonho legítimo dele é ir para o Supremo Tribunal Federal, e o ministro Luís Roberto Barroso voltou a falar em deixar a Corte. Por isso, eu também não desprezo o Mateus como um bom nome”, disse.