Câmara de BH vota moções opostas sobre Alexandre de Moraes
O embate promete expor, mais uma vez, a divisão ideológica entre PT e PL na capital mineira
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Siga noO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), volta ao centro das disputas na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (8/9), vereadores vão analisar em Plenário duas moções de conteúdo oposto: uma em repúdio, outra em apoio. O embate promete expor, mais uma vez, a divisão ideológica entre PT e PL na capital mineira.
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De um lado, a Moção 139/2025, de Pablo Almeida (PL), tenta carimbar Moraes como “persona non grata” na capital mineira. O vereador acusa o ministro de abuso nas decisões que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cita as sanções impostas a Moraes pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, com base na Lei Magnitsky.
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Na direção contrária, a Moção 152/2025, assinada por Pedro Rousseff (PT), elogia Moraes pela decisão de decretar prisão domiciliar de Bolsonaro.
As duas propostas, que normalmente seriam apenas registradas, acabaram impugnadas e vão a voto. O texto contra Moraes foi contestado pela bancada petista, composta pelos vereadores: Pedro Rousseff, Dr. Bruno Pedralva, Luiza Dulci e Pedro Patrus. Os parlamentares consideram o documento sem validade técnica e acusam a citação à Lei Magnitsky para reproduzir “articulações anti-patrióticas da família Bolsonaro”.
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Já a moção em defesa do ministro é contestada pelo Partido Liberal. Os vereadores Uner Augusto e Pablo Almeida alegam que o apoio é indevido, por se tratar de uma autoridade sancionada no exterior por violações a direitos humanos e práticas de corrupção. Segundo eles, a moção daria “respaldo institucional a um agente político deslegitimado no cenário internacional”.