Carlos Viana: "Estamos lidando com uma máfia bilionária"
Carlos Viana afirmou que o grupo investigado articulou desvio de até R$ 7 bilhões da Previdência, com apoio de escritórios de advocacia e contabilidade para dar aparência de legalidade aos crimes
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Siga noO presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (PL-MG), avaliou que o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, reforça a gravidade do esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas. Segundo ele, a investigação já demonstra que os desvios foram estruturados com planejamento sofisticado e movimentaram cifras bilionárias.
“Nós não estamos tratando com amadores. Estamos lidando com pessoas que têm somas bilionárias em contas, escritórios de contabilidade caríssimos e escritórios de advocacia que ajudaram a maquiar todas as operações para dar aparência de legalidade”, afirmou Viana.
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O senador citou exemplos de patrimônio adquirido com dinheiro desviado da Previdência, como compras de aeronaves. “O que nós temos são casas pagas à vista, salas comerciais compradas à vista, desvio para compra de aeronaves cujo dono não se sabe exatamente. Todo esse patrimônio teve destinação incorreta com o que tem sido falado na CPMI”.
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Viana anunciou que vai colocar em votação o requerimento de prisão do advogado Nelson Williams, por considerar que ele se negou a colaborar. Também adiantou que a comissão ouvirá, na próxima semana, o presidente da Conafer — uma das entidades que mais recebeu recursos — e outro investigado que teve uma adega de R$ 7 milhões apreendida pela Polícia Federal.
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O presidente destacou que as investigações já alcançaram um patamar avançado. “Já temos os sigilos bancário e fiscal dos principais envolvidos, e a Receita Federal e o Coaf vão enviar dados concretos sobre as movimentações financeiras. Agora queremos saber: para onde foram os saques, as malas de dinheiro que saíram dos bancos e dos aviões?”.