Justiça

Em posse como presidente, Fachin diz que STF 'não é submisso' ao populismo

Ministro pregou harmonia, mas destacou independência do Judiciário no país. Alexandre de Moraes assumiu como vice do tribunal

Publicidade
Carregando...

Em discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (29/9), o ministro Edson Fachin pregou o diálogo e harmonia entre os Poderes da República. O magistrado destacou a independência do Judiciário e afirmou que a Corte não é “submissa” ao populismo.

“A independência judicial não é um privilégio, e sim uma condição republicana. Um Judiciário submisso, seja a quem for, mesmo que seja ao populismo, perde sua credibilidade. A prestação jurisdicional não é espetáculo. Exige contenção”, disse o novo ministro do STF.

Edson Fachin tomou posse, na tarde desta segunda-feira, como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o biênio 2025-2027. Na mesma solenidade, o ministro Alexandre de Moraes foi empossado como vice.

Fachin reforçou o combate a corrupção, classificando como o “cupim da República”.

“Há ainda um grave desafio. Cumpre vigiar o ‘cupim da República’, como o denominou Ulisses Guimarães, porquanto devem os gestores e titulares de funções públicas em geral, de todos os 11 poderes, resistir aos apelos de Circe, que mesmeriza e distorce o espírito republicano. A resposta à corrupção deve ser firme, constante e institucional. O Judiciário não deve cruzar os braços diante da improbidade”, disse o ministro.

O magistrado também afirmou que o país vive tempos de novos desafios para a institucionalidade. Segundo ele, a manipulação da informação – frequentemente potencializada nas plataformas digitais - e a desinformação “testam nossas instituições”.

“A revolução digital não é um fim em si mesmo. Ela deve estar a serviço da cidadania e da inclusão. Quanto mais digital, acessível e transparente, mais se aproxima o Judiciário do povo, ao mesmo tempo em que reduz barreiras e amplia a compreensão pública sobre sua atuação”, declarou.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Perfil

Antes do Supremo, Luiz Edson Fachin atuou como advogado, procurador jurídico, procurador-geral do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e procurador do Estado do Paraná.

Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fachin tem mestrado e doutorado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-doutorado no Canadá. Foi professor titular de direito civil da UFPR de 1999 até sua nomeação para o STF, em 2015. Foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fevereiro a agosto de 2022.

Tópicos relacionados:

edson-fachin fachin politica stf

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay