O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) voltou a mirar críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em discurso no plenário do Senado, nessa quarta-feira (3/9). Em meio a ataques à Corte, ele defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o que chamou de “Vaza Toga”.
Na tribuna, o parlamentar exibiu um áudio atribuído ao empresário Joesley Batista, um dos delatores da Operação Lava Jato, no qual o executivo afirma que não seria preso porque “se entregasse o Zé, o Zé entregaria o Supremo”.
“Eu acredito que até hoje nenhum político teve coragem de mostrar isso, mas é necessário. Quem está falando é Joesley Batista, o mesmo da Lava Jato. Ele diz que, se entregasse o Zé, o Zé entregava o STF. É por isso que precisamos passar esse país a limpo”, discursou.
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Durante a fala, Cleitinho ironizou possíveis retaliações de ministros do Supremo e debochou ao ser questionado sobre temer represálias. “Tô tremendo de medo”, disse, gesticulando. “Não devo nada a eles. Devo a quem me colocou aqui e paga meu salário em dia.”
O senador também fez críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, relator das ações que investigam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ele classificou como desproporcional a condução dos processos e comparou a acusação de tentativa de golpe a brincadeiras infantis.
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“Estão julgando um tal de golpe de Estado por causa de estilingue e bolinha de gude. Enquanto isso, quantos políticos roubaram dinheiro da saúde, da educação e continuam soltos?”, questionou.