O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta sexta-feira (5/9) que o plano de tirar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do projeto de anistia serve para “chantageá-lo" a escolher um candidato para 2026. Nas redes sociais, o parlamentar disse que uma anistia que “não seja ampla e irrestrita” não será aceita.

“Já irei conversar com a base parlamentar do PL sobre isso. A anistia será ampla e irrestrita ou não contará com o apoio da direita e não terá efeito de diminuir as sanções internacionais”, disse o parlamentar que mora nos Estados Unidos desde março.

Com o início do julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (2/9), a pressão para que o Congresso Nacional aprove uma anistia aos condenados por tentativa de golpe cresceu. A federação União Brasil e Progressistas (PP), maior bancada do Legislativo, anunciou que vai deixar o governo e apoiar o projeto.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), também sinalizou que pode pautar a medida caso haja consenso entre as lideranças da Casa Baixa. Por outro lado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), articula um texto que visa apenas reduzir a pena dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Segundo Eduardo Bolsonaro, que articula com o governo de Donald Trump sanções contra autoridades brasileiras, “planinhos escusos não irão prosperar”. “Vocês estão brincando com coisa séria e vão acabar sendo vistos como colaboradores dos violadores de direitos humanos”, completou.

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Nessa quinta-feira (4/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que o projeto deve ser aprovado se for pautado no Congresso. “Se for votar no Congresso, nós corremos risco da anistia. É importante vocês saberem porque o Congresso, vocês sabem, não é eleito pela periferia”, disse o petista durante agenda no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.

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