Pablo Almeida (PL), autor da moção que declarou Alexandre de Moraes (STF) “persona non grata” em Belo Horizonte, disse ao Estado de Minas que a votação teve caráter político e representa o recado da Câmara contra o ministro.

“A Casa Legislativa, Câmara de Vereadores, um dos lugares mais importantes das capitais do Brasil, deixou claro que ele não é bem-vindo aqui. Pode até vir cumprir agenda e ser reconhecido por quatro, cinco, seis pessoas, mas a totalidade da população de Belo Horizonte, por meio de seus representantes legítimos e eleitos, demonstrou que ele não é bem-vindo. Se vier, terá a contrariedade do povo de Belo Horizonte”, afirmou.

A moção apresentada por Almeida foi aprovada nesta segunda-feira (8/9), após ser impugnada pela bancada do PT e levada a voto simbólico em Plenário. Pela proposta, Moraes passa a ser oficialmente repudiado na capital mineira. O texto foi contestado por parlamentares petistas, que alegaram falta de respaldo regimental e acusaram o PL de reproduzir “articulações antipatrióticas da família Bolsonaro”.

Na entrevista, Pablo também criticou a moção de apoio a Moraes, de autoria de Pedro Rousseff (PT), rejeitada pelos vereadores. “Ele protocolou a moção apenas para sinalizar à sua base, mas nem sequer esteve presente para defendê-la. É completamente indefensável defender um ditador”, disse.

O vereador afirmou ainda que a aprovação integra uma agenda mais ampla de atuação conservadora em Belo Horizonte. “Isso não é só por causa dessa moção. Já projetamos quase cinco mil ofícios de melhorias para a cidade, somos autores de mais de 200 pedidos de informação e mais de 23 projetos de lei. Estamos trabalhando muito para mudar Belo Horizonte”, destacou.

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Além de classificar Moraes como “persona non grata”, Almeida lembrou que a Câmara também rejeitou a proposta de apoio apresentada pelo PT. “A gente não só aprovou nossa moção, como também derrubou a moção do vereador Pedro Rousseff. Nosso recado já está dado”, concluiu.

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