O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o senador Carlos Viana (Podemos-MG), criticou o habeas corpus concedido ao ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, para que ele permanecesse em silêncio durante oitiva marcada para esta segunda-feira (13/10).
“Mais um habeas corpus concedido pelo Supremo, dessa vez ao senhor Alessandro Stefanutto, afastado pela Justiça, não pelo governo. Tem ou não tem muito o que dizer esse senhor?”, reclamou Viana.
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Com a divulgação do caso, o ex-presidente do INSS foi afastado do cargo que comandava desde meados de 2023.
"Entidades pediram 204 mil vezes descontos de pessoas que morreram, foram ao INSS com listas falsas, compradas pela corrupção, pedindo desconto. Crianças de nove anos tiveram assinaturas falsificadas para autorizar descontos. O Coaf identificou movimentações financeiras muito acima da renda de servidoras", destacou o presidente da CPMI, ao afirmar que as investigações sobre os desvios irão prosseguir.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, concedeu o direito para que Stefanutto, que presidia o INSS quando a Polícia Federal (PF) expôs o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, se comunicasse de forma irrestrita com sua defesa.
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Carlos Viana afirmou que espera que haja uma delação premiada de alguns dos investigados. Ele afirmou que "só gente grande saindo fora e deixando os pequenos" e que, em algum momento, alguém vai "abrir a boca".