O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes permitiu que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro visitem o pai na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal, onde ele está preso preventivamente desde sábado (22/11).

Conforme decisão publicada neste domingo (23/11), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro devem fazer as visitas separadamente, com a duração máxima de 30 minutos cada. 

Carlos e Flávio Bolsonaro poderão visitar o pai na próxima terça-feira (25/11), entre 9h e 11h; já Renan Bolsonaro, na quinta-feira (27/11), também entre 9h e 11h. 

O ministro manteve liberadas as visitas dos advogados e da equipe médica e deu orientações de conduta da PF caso haja alguma intercorrência médica. Dentre as orientações está o acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), apontado como opção mais ágil e segura. 

Neste domingo, Bolsonaro recebeu a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

Prisão preventiva

Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), nesse sábado, após determinação de Moraes. Na decisão, o ministro do STF citou eventual risco de fuga diante da tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e da vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, nas proximidades da casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, o que poderia facilitar que ele deixasse o local. 

Na sexta-feira (21/11), véspera da prisão, o ex-presidente usou uma solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, o que gerou alerta para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento do equipamento. A defesa argumenta que, por interação de remédios, Bolsonaro apresentou confusão e paranoia. E acrescenta que ele colaborou com a troca do equipamento, não havendo tentativa de fuga. 

Condenação

Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.

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Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os chamados embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.

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