O deputado estadual Lincoln Drumond (PL-MG), ao lado dos deputados estaduais Carmelo Neto (PL-CE) e Gil Diniz (PL-SP), foi até a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde sábado (22).
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Drumond aparece ao lado dos deputados estaduais gritando em direção ao prédio: “Estamos juntos, presidente Bolsonaro. O Brasil está contigo!”.
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A gravação foi compartilhada no domingo (23/11) no X (antigo Twitter) e no Instagram por Carmelo Neto, com a legenda: “Um recado para o presidente Jair Bolsonaro na frente da PF. O Brasil está com ele!”. O grupo aparece na área externa da superintendência, de frente para as árvores do local e as janelas do edifício policial, sem ter contato visual com o ex-presidente.
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Bolsonaro está detido após o ministro Alexandre de Moraes decretar sua prisão preventiva, horas depois de o sistema de monitoração eletrônica registrar a violação da tornozeleira que ele usava em prisão domiciliar. A decisão considerou que a ação ocorreu em contexto que poderia facilitar uma tentativa de fuga.
Deputado do Ceará é alvo de cassação
Entre os três parlamentares que participaram do ato, está Carmelo Neto. Ele é um dos quatro deputados estaduais do PL que podem perder o mandato no Ceará, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme a cassação decidida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) em 2023 por suposta fraude à cota de gênero.
O TRE-CE entendeu que o partido utilizou candidaturas femininas fictícias para preencher o percentual mínimo exigido pela legislação eleitoral. A legenda nega a acusação.
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Por que Bolsonaro foi preso?
- O ex-presidente está detido desde sábado (22) na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal.
- A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após notificação do Centro de Integração de Monitoração Eletrônica, que registrou violação da tornozeleira às 0h08 de sábado.
- Moraes fundamentou a decisão alegando que o episódio configurou uma tentativa de fuga, supostamente "facilitada pela confusão" gerada por uma vigília de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio.
- Em audiência de custódia realizada por videoconferência no domingo (23), Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda para tentar abrir o "case" do equipamento, acreditando haver uma escuta instalada no dispositivo.
- A defesa negou intenção de fuga e alegou que o ex-presidente sofreu um surto paranoico provocado pela interação medicamentosa de pregabalina e sertralina. Segundo o relato, Bolsonaro teria "caído na razão" minutos após iniciar a violação.
