A fibromialgia em mulheres representa cerca de 80% a 90?% dos casos diagnosticados, conforme apontam estudos revisados pela revista Rheumatology. A síndrome afeta entre 2,4?% e 6,8% das mulheres, enquanto a incidência em homens varia entre 1% e 3?% .

Esse quadro, marcado por dores generalizadas, fadiga intensa, distúrbios do sono e dificuldade de concentração, afeta majoritariamente mulheres entre os 30 e 50 anos e exige atenção desde os primeiros sintomas.

Veja a seguir por que a doença atinge mais o público feminino, como identificar os sinais e o que fazer para evitar que ela atrapalhe o dia a dia.

Por que a fibromialgia atinge muito mais mulheres

A fibromialgia afeta desproporcionalmente o público feminino, e a ciência já aponta possíveis explicações para isso. Pesquisas publicadas na revista Rheumatology e pelo National Institutes of Health (NIH) sugerem que fatores hormonais estão entre os principais motivos, variações nos níveis de estrogênio podem aumentar a sensibilidade à dor, tornando as mulheres mais vulneráveis ao desenvolvimento da síndrome.

Além disso, a forma como o corpo feminino responde ao estresse, com maior ativação de áreas cerebrais ligadas à dor, também contribui para esse desequilíbrio.
Outro ponto relevante é que o diagnóstico em homens tende a ser subestimado, o que pode influenciar as estatísticas. Ainda assim, os números são claros, entre 80% e 90% dos casos diagnosticados no mundo são de mulheres, geralmente entre 30 e 50 anos.

Atividade física leve, sono regular e apoio psicológico estão entre as principais estratégias para prevenir e conviver com a fibromialgia em mulheres

Peopleimages.com - YuriArcurs

Quais são os sintomas de alerta

Os sinais mais comuns da fibromialgia incluem:

  • dor crônica generalizada por pelo menos três meses;
  • fadiga persistente mesmo após descanso adequado;
  • sono não reparador;
  • dificuldade de concentração e lapsos de memória;
  • sensibilidade a barulhos, luzes ou temperaturas.

Quando procurar um médico

Procure atendimento se:

  • a dor crônica se estender por várias regiões do corpo por mais de três meses;
  • a fadiga e dificuldade para dormir comprometerem atividades diárias;
  • outros sintomas associados (cansaço, dificuldade cognitiva) impactarem a rotina.

O diagnóstico exige avaliação clínica aprofundada e exames para descartar condições como artrite reumatoide, hipotireoidismo e lúpus.

Como prevenir e conviver melhor com a fibromialgia

Embora não exista cura, algumas estratégias mostram bons resultados:

  • exercícios regulares, como caminhada, hidroginástica ou atividades leves;
  • manter a rotina de sono consistente e o ambiente propício ao descanso;
  • técnicas para redução do estresse como meditação, ioga ou terapia cognitivo-comportamental;
  • alimentação balanceada e hidratação adequada;
  • apoio psicológico, já que a condição pode gerar ansiedade e depressão.
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