Um dia de diversão ao ar livre se transformou em um pesadelo para a criadora de conteúdo americana Taylor Faith, que sofreu com queimaduras de terceiro grau causadas pelo sol. A jovem, que pretendia apenas aproveitar o dia praticando stand-up paddle, acabou hospitalizada, sem conseguir andar por uma semana — tudo porque esqueceu de usar protetor solar. De acordo com especialistas, o ideal é usar a proteção todos os dias do ano, especialmente em exposições diretas ao sol.

@.taylorfaith 3rd degree sun burn & havent been able to walk for 5 days, i think this life lesson is gonna turn me into a sunscreen activist lmao #sunburn #sunscreen ? spring into summer - lizzy

“Com certeza nunca vou esquecer isso”, relatou a jovem. Segundo ela, ao perceber que estava sem protetor solar antes de iniciar a atividade, decidiu seguir em frente mesmo assim, assumindo que o pior que poderia acontecer seria uma queimadura leve. 

No entanto, após passar cerca de oito horas sob sol intenso e refletido pela água, suas pernas ficaram gravemente afetadas. No hospital, os médicos diagnosticaram queimaduras de terceiro grau — um tipo raro nesse contexto e que atinge todas as camadas da pele, exigindo tratamento urgente.

O sofrimento foi tão intenso que Taylor descreveu os dias seguintes como os mais difíceis de sua vida. “Está tão ruim há alguns dias que pensei que preferia estar morta a me sentir assim”, desabafou em um comentário.

As queimaduras solares ocorrem quando os raios ultravioleta (UV) danificam as células da pele. Normalmente, as lesões são superficiais e curam em poucos dias. Mas especialistas alertam que queimaduras de terceiro grau podem afetar terminações nervosas, vasos sanguíneos, folículos capilares e até os tecidos mais profundos da pele. Também aumentam o risco de doenças relacionadas ao calor, como exaustão, confusão mental, febre e náuseas.

“Meu interior está gravemente danificado e todos os meus vasos sanguíneos também. Acho que essa lição de vida vai me transformar em uma ativista do protetor solar” declarou a jovem.

“Eu quero terminar meus estudos. Quero tentar viver mais, conseguir viver minha vida normal um pouco”, desabafou a jovem. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Isso porque, após a reportagem do Fantástico contatar a Secretaria de Saúde do Ceará, o estado notificou pelo Diário Oficial que o remédio foi contratado pelo Instituto do Câncer do Ceará. ©Reprodução de vídeo TV Globo
No dia 9 de novembro de 2024, Sabrina foi internada no Instituto do Câncer para passar por uma avaliação para monitoramento de suas condições físicas até que estivesse em condições de receber as doses de lutécio radioativo. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Em oito meses, o tumor cresceu ainda mais e passou a pressionar a traqueia de Sabrina. O órgão do sistema respiratório é responsável por conduzir o ar para os pulmões. ©Reprodução de vídeo TV Globo
No entanto, o processo se arrastou após o estado do Ceará entrar com um agravo contra a liminar. ©Reprodução de vídeo TV Globo
A família de Sabrina Gomes conseguiu uma liminar judicial, via Defensoria Pública, que obrigava o estado do Ceará a fornecer o remédio para a jovem. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Fabricado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, o lutécio radioativo precisa ser encomendado por demanda prévia e não consta da lista de medicamentos oferecidos pelo SUS. O preço da dose é da ordem de R$ 8 mil. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Para combater os impactos do ACTH na pele é preciso reduzir o tumor, mas radioterapia e quimioterapia não tiveram resultado no caso de Sabrina. A alternativa indicada pela médica seria o tratamento com aplicação pela veia de lutécio radioativo, capaz de destruir o tumor. Neste momento, entrou em cena o processo judicial. ©Reprodução de vídeo TV Globo
“Eu mudei de coloração muito rápido. Questão de meses, três, quatro meses”, contou Sabrina, referindo-se à pigmentação alterada de pacientes que têm superprodução de ACTH. - ©Reprodução de vídeo TV Globo
Com a cirurgia, Sabrina viu-se livre dos terríveis efeitos da superprodução de cortisol. No entanto, o tumor seguiu secretando ACTH. O hormônio, sem a regulação das glândulas adrenais, causam estímulos nas células que dão pigmentação à pele. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Ana Rosa, que também é médica endocrinologista, fez em 2022 uma cirurgia em Sabrina para extrair as glândulas adrenais e eliminar a Síndrome de Cushing. ©Reprodução de vídeo TV Globo
“Se a gente não trata esse excesso hormonal, o paciente pode ir a óbito antes até do que devido a um crescimento tumoral”, explicou ao Fantástico Ana Rosa Quidute, professora da Faculdade de Medicina da USP. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Entre os efeitos desses níveis exacerbados de cortisol podem estar queda da imunidade, com o risco aumentado de contrair infecções, elevação da pressão arterial e retenção de água. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Essa superprodução de cortisol levou Sabrina a sofrer com a Síndrome de Cushing - doença endócrina provocada por elevados níveis do hormônio no organismo. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Para piorar o quadro, o tumor secreta o hormônio ACTH, que induz as adrenais a produzirem doses excessivas do hormônio cortisol. Essas glândulas estão situadas acima dos rins. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Passados dois anos da cirurgia, Sabrina voltou a sofrer com os sintomas e exames mostraram que o tumor não só seguiu em seu corpo como aumentou de tal forma que não poderia mais ser retirado por meio cirúrgico. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Após a descoberta, Sabrina foi submetida a uma cirurgia para retirada do tumor. “Quando operaram, disseram que tinham tirado tudo. Pronto! Então, beleza, é seguir a vida, né”, declarou a Patrícia Gomes Lopes, mãe da jovem. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Quando tinha 15 anos, Sabrina recebeu o diagnóstico de um tumor no timo, órgão linfático entre os pulmões e próximo ao coração que regula o sistema imunológico. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Sabrina Gomes, uma jovem cearense de 25 anos, descobriu em 2015 um tumor raro que trouxe efeitos colaterais intensos para sua saúde e virou disputa judicial. A história foi tema do Fantástico, da Globo, em 10 de novembro de 2024. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu. ©Reprodução de vídeo TV Globo

Embora o bronzeado ainda seja valorizado esteticamente, especialistas alertam para os riscos da exposição solar excessiva. Queimaduras frequentes contribuem para o envelhecimento precoce da pele e aumentam significativamente o risco de câncer de pele, incluindo o melanoma. Mesmo lesões ocorridas na infância e adolescência podem ter impacto anos depois.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

A boa notícia é que é possível aproveitar o sol com responsabilidade, seguindo as seguintes recomendações:

  • Evite exposição ao sol entre 10h e 14h, quando os raios UV são mais intensos;
  • Use Roupas de proteção, chapéus e óculos escuros;
  • Aplique protetor solar com fator de proteção solar mínimo 30;
  • Reaplique a cada duas horas, ou com mais frequência em caso de suor ou mergulho;
  • Utilize cerca de 30 ml por aplicação em adultos.

Em caso de queimaduras, o recomendado é tomar banhos frios, muita hidratação, usar analgésicos e cremes calmantes como aloe vera. Se a pele estiver com bolhas ou ferida aberta, o protetor solar deve ser evitado na área até a cicatrização.

compartilhe