FRUTOSE

Quais frutas podem fazer parte da dieta de quem tem diabetes?

Frutas têm um tipo de açúcar natural e devem ser consumidas com moderação; maçã, pera, morango e kiwi são opções mais recomendadas

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Apesar de serem fontes de fibras, vitaminas e minerais, as frutas contêm frutose — um açúcar natural que pode interferir no controle da glicemia. Por isso, pessoas com diabetes devem planejar o consumo e ajustar as porções para garantir os benefícios nutricionais sem prejudicar a saúde.

O diabetes se caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue devido à resistência à insulina ou à produção insuficiente do hormônio. Dados da Federação Internacional de Diabetes apontam que 16 milhões de brasileiros convivem com a doença.

Para quem convive com diabetes tipo 1 ou tipo 2, as frutas não estão proibidas, mas seu consumo deve ser controlado. A nutricionista Martha Amodio, diretora da health tech G7med, explica que todas as frutas possuem carboidratos e podem elevar a glicemia dependendo da quantidade e do tipo escolhido. “Não existe fruta liberada de forma irrestrita para quem tem diabetes. É importante ajustar porções e horários de consumo”, orienta.

Frutas como maçã, pera, morango, abacate, kiwi, ameixa e laranja costumam ter um índice glicêmico mais baixo, ou seja, elevam a glicose no sangue de forma mais gradual. Já frutas como banana madura, uva, manga, figo, caqui e melancia têm índice ou carga glicêmica mais elevados e, por isso, a quantidade ingerida precisa ser ajustada, especialmente em pessoas com diabetes ou resistência à insulina.

Por exemplo, 80 gramas de uva têm uma quantidade de carboidrato semelhante a 160 gramas de abacate, o que mostra que o tamanho da porção ideal pode variar bastante de uma fruta para outra. Uma dica prática é associar as frutas a alimentos ricos em fibras, gorduras boas (como castanhas ou chia) ou proteínas, o que ajuda a reduzir o impacto na glicemia. E, sempre que possível, preferir a fruta inteira (com casca, se for o caso) ao invés de sucos.

Frutose

De acordo com a especialista, a frutose presente naturalmente nas frutas não é a mesma coisa que a frutose usada pela indústria alimentícia.

As frutas contêm frutose, mas também são fontes ricas de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, que ajudam a equilibrar a absorção do açúcar no corpo. Já a frutose industrial, usada em alimentos ultraprocessados (como refrigerantes, doces, molhos e produtos de panificação), é concentrada e isolada, e pode, em excesso, sobrecarregar o fígado e contribuir para o acúmulo de gordura no órgão. 

Planejar as frutas dentro do cardápio também ajuda a manter o equilíbrio nutricional. O fracionamento ao longo do dia e a variação de frutas garantem diferentes nutrientes e mantêm a glicemia mais estável, conforme orienta a Sociedade Brasileira de Diabetes.

Vale lembrar ainda que mudanças no estilo de vida, incluindo atividade física regular, alimentação balanceada e redução de alimentos ultraprocessados, podem minimizar o risco de complicações e favorecer o controle do diabetes. O Atlas Mundial de Diabetes 2025 aponta que a cada 10 adultos no Brasil, pelo menos 1 tem diabetes tipo 2, frequentemente associada ao sedentarismo, ao excesso de peso e a hábitos alimentares desbalanceados. 

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