ESTÉTICA

Uso de PMMA em tratamentos médicos requer extrema cautela

Com exigência de critério médico, técnica apurada e profissional habilitado, estudo destaca segurança e eficácia do polimetilmetacrilato como preenchedor

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O uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em tratamentos médicos requer extrema cautela. Embora seja um recurso eficaz em casos específicos — como em correções de deformidades, lipoatrofias e reconstruções —, o procedimento não é isento de riscos. Quando utilizado de forma inadequada, pode causar complicações graves, como infecções, rejeições, nódulos, inflamações e necrose tecidual.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Nota Técnica nº 3/2025, confirmou a manutenção da autorização para o uso do PMMA como substância preenchedora em procedimentos médicos no Brasil. A decisão rejeita o pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) para restringir o uso da substância e reforça que o material apresenta um perfil de risco-benefício considerado aceitável, desde que aplicado corretamente, por profissionais habilitados e em condições clínicas adequadas.

Flégon David, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que o uso do PMMA é indicado, por exemplo, para a correção de assimetrias decorrentes de traumas, síndromes congênitas ou deformidades ortopédicas, além de ser uma alternativa para pacientes que desejam o aumento de grupos musculares específicos, como peitoral, ombros e glúteos.

Um estudo recente, publicado em julho de 2024, na revista internacional Plastic and Reconstructive Surgery – Global Open, concluiu que o uso do PMMA como preenchedor é seguro, eficaz e apresenta baixa incidência de efeitos colaterais.

A pesquisa também demonstrou que, em comparação com outros tipos de preenchedores, o PMMA alcançou a maior taxa de segurança, reforçando sua confiabilidade e eficácia clínica em tratamentos estéticos e reparadores. “A grande vantagem do PMMA é ser um preenchedor permanente, com alta capacidade de volumização, especialmente na concentração de 30% usada para bioplastia corporal”, afirma Flégon.

Contraindicações

Apesar dos benefícios, o uso do PMMA requer atenção às contraindicações. “Pacientes com doenças reumatológicas em atividade, como o lúpus eritematoso sistêmico, não devem ser submetidos ao procedimento, assim como aqueles que possuem implantes de silicone na região a ser tratada, devido ao risco de perfuração da prótese durante a aplicação profunda do produto”, alerta o médico.

Pós-operatório

O pós-operatório exige cuidados rigorosos: é fundamental respeitar o repouso indicado, especialmente em bioplastias glúteas, evitando sentar diretamente sobre a região tratada e seguir corretamente o uso de antibióticos e anti-inflamatórios prescritos. Além disso, o médico deve seguir protocolos rigorosos de antissepsia para minimizar riscos, garantindo que o procedimento ocorra em um ambiente devidamente preparado e seguro para o paciente.

Para evitar intercorrências, é fundamental que os procedimentos com PMMA sejam realizados por especialistas, em ambiente adequado, mediante avaliação clínica detalhada e planejamento individualizado. A orientação médica qualificada, aliada ao cumprimento das boas práticas clínicas, é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

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