HPV: relacionamentos monogâmicos garantem segurança?
Proteger-se e realizar exames regulares não é apenas uma questão de saúde individual, mas uma responsabilidade compartilhada e um ato de amor e cuidado mútuo
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Siga noMuitas pessoas acreditam que, ao estarem em um relacionamento monogâmico, não precisam se preocupar com a proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). No entanto, essa crença pode ser perigosa e enganosa, especialmente no caso do vírus do HPV, uma vez que 80% das pessoas sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento de suas vidas, na maioria das vezes de forma silenciosa. O HPV é responsável por aproximadamente 5% dos cânceres em todo o mundo, podendo causar neoplasias, como no colo do útero, ânus, vagina ou vulva.
A ideia de que relacionamentos monogâmicos garantem segurança contra o HPV é um mito. Mesmo em parcerias estáveis, sejam elas heterossexuais ou homossexuais, o risco de contrair o vírus persiste. Isso se deve ao fato de que o HPV pode ser transmitido por parceiros que, mesmo sem sintomas, podem estar infectados. Além disso, a falta de exames preventivos, como a realização do HPV DNA, pode levar à detecção tardia de alterações no colo do útero, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer.
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“É fundamental prevenir-se contra o HPV, pois a maioria das infecções pelo vírus é assintomática, permitindo que o HPV permaneça incubado de forma latente por anos, sem apresentar nenhum sintoma. Isso se torna uma preocupação significativa, uma vez que muitas pessoas podem estar infectadas sem mostrar sinais visíveis”, explica a diretora médica da MSD Brasil, Márcia Datz Abadi. “Precisamos quebrar o tabu em torno da crença de que apenas pessoas promíscuas podem contrair o HPV. É fundamental entender que qualquer pessoa pode ser afetada, independentemente de seu histórico de relacionamentos”, completa a médica.
Como exemplo é o caso do câncer de colo do útero. Com cerca de 99% dos casos causados pelo HPV, a prevenção se dá por meio da vacinação contra o HPV, a realização de exames de rotina e o tratamento de lesões pré-cancerígenas. É fundamental que mulheres e homens, independentemente do relacionamento, mantenham uma rotina de cuidados com a saúde. A conscientização sobre o HPV e suas consequências deve ser uma prioridade, especialmente por se tratar de uma infecção que pode levar ao câncer.
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A prevenção é uma responsabilidade compartilhada e deve ser encarada com seriedade. Proteger-se contra o HPV e realizar exames regulares não é apenas uma questão de saúde individual, mas um ato de amor e cuidado mútuo. “Falar sobre o tema é essencial, começando pelo diálogo com o parceiro ou a parceira. No entanto, essa conversa deve se estender também aos nossos amigos e familiares. Quanto mais falarmos sobre o tema, maior será a conscientização e a compreensão sobre a necessidade de proteção”, diz Márcia.
Em um esforço para aumentar a conscientização sobre a prevenção do câncer de colo do útero, a apresentadora Fernanda Lima, em parceria com a MSD, estreou esse ano a sua nova websérie intitulada "A Sua História". Com seis episódios, a série tem como objetivo educar e informar as mulheres brasileiras sobre a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de colo do útero. Os episódios vão ao ar no site oficial da campanha (podeacontecer.com.br) e no Youtube.
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