OMS: Um ter�o dos homens � portador do v�rus do HPV
V�rus causa les�es que podem levar a tumores de colo de �tero e p�nis, entre outros; uso de preservativos e vacina � fundamental para prevenir a infec��o.
A vacina � segura e previne a infec��o pelos quatro tipos mais prevalentes e associados a tumores e est� dispon�vel na rede p�blica para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, al�m de homens e mulheres imunossuprimidos
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Um ter�o dos homens � portador do v�rus do HPV, o papilomav�rus humano, e um em cada cinco est� infectado com um ou mais subtipos de alto risco, que est�o relacionados ao c�ncer. O alerta � da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a partir de uma revis�o de estudos publicada no The Lancet Global Health.
O artigo avaliou a preval�ncia da infec��o com base em trabalhos publicados entre 1995 e 2022, incluindo dados de 35 pa�ses. O tipo mais prevalente encontrado foi o 16, considerado de alto potencial oncog�nico, seguido do 6, tamb�m associado a tumores. Os homens mais afetados em todos os pa�ses s�o os adultos jovens, principalmente na faixa dos 25 aos 29 anos. Segundo os autores, os resultados mostram que homens sexualmente ativos, independentemente da idade, s�o reservat�rios da infec��o genital e, portanto, � necess�rio aumentar as medidas de preven��o.
O HPV � transmitido principalmente por via sexual, seja vaginal, anal ou oral. Na maioria dos casos, o sistema imunol�gico consegue elimin�-lo rapidamente, mas, em outros, o v�rus pode permanecer latente no organismo e ser reativado anos depois, resultando em verrugas genitais e les�es que t�m o potencial de evoluir para c�ncer. O tratamento varia de acordo com as caracter�sticas, como o n�mero de les�es, o tamanho do tumor e a �rea afetada. Pode incluir o uso de pomadas com a��o imunol�gica, cauteriza��o das les�es e excis�o cir�rgica.
Dos mais de 100 subtipos do v�rus, aproximadamente 40 est�o relacionados a infec��es genitais. Dentre eles, alguns est�o especialmente associados a um maior risco de c�ncer de colo de �tero, vagina, �nus, p�nis e tumores malignos na orofaringe.
“Trata-se de um v�rus muito comum e extremamente transmiss�vel. A enorme maioria da popula��o, cerca de 70%, vai entrar em contato com ele em algum momento”, diz o urologista Daniel Suslik Zylbersztejn, do Hospital Israelita Albert Einstein e coordenador do Fleury Fertilidade.
Nem sempre os sintomas s�o vis�veis, e pode haver microles�es dif�ceis de identificar. Existem exames espec�ficos capazes de detectar o material gen�tico do v�rus para confirmar a infec��o, como o exame de detec��o de DNA pela t�cnica de PCR em tempo real, que tamb�m pode identificar o subtipo do HPV infectante. � importante destacar que at� mesmo portadores assintom�ticos podem transmitir o HPV.
“Al�m de usar preservativo nas rela��es sexuais, a vacina � fundamental pois prepara o sistema imune para responder melhor a uma infec��o, ajudando a combater o v�rus”, diz o m�dico. Zylbersztejn ainda lembra que “mesmo o uso do preservativo n�o previne 100% a infec��o pelo HPV, pois o v�rus pode estar em �reas da regi�o genital n�o coberta pelo dispositivo, sendo por isso a vacina um m�todo importante de redu��o de riscos”.
A vacina � segura e previne a infec��o pelos quatro tipos mais prevalentes e associados a tumores. Est� dispon�vel na rede p�blica para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, al�m de homens e mulheres imunossuprimidos, como portadores do HIV e transplantados, at� 45 anos de idade. Na rede privada, j� � poss�vel encontrar a nova vacina nonavalente, que foi recentemente introduzida no Brasil e protege contra 9 subtipos do HPV.
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