Homem com a mão no rosto

Homem com a m�o no rosto

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), homens vivem cerca de 7,1 anos a menos do que mulheres, sendo a taxa de mortalidade maior em praticamente todas as faixas et�rias. Dados disponibilizados pelo Minist�rio da Sa�de evidenciam que a procura de atendimento m�dico � maior em casos onde os problemas de sa�de j� est�o mais avan�ados. Atualmente, tr�s em cada dez homens n�o t�m o h�bito de ir ao m�dico.

De cada tr�s mortes de pessoas adultas no pa�s, duas s�o de homens. Eles igualmente s�o acometidos por doen�as do cora��o, c�ncer, diabetes, colesterol e press�o arterial elevada. Conforme a �ltima pesquisa Vigil�ncia de Fatores de Risco e Prote��o para Doen�as Cr�nicas por Inqu�rito Telef�nico (Vigitel 2019), mais de 57% dos homens est�o acima do peso; 18% obesos; 7,8% sofrem de diabetes e 26,3% de hipertens�o.

O consumo de alimentos processados, a falta de atividades f�sicas e o estresse s�o considerados por especialistas em sa�de como um dos principais problemas para a baixa qualidade de vida entre o p�blico analisado. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Boston, em parceria com o Centro Nacional de Transtorno de Estresse P�s-Traum�tico do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, identificou que homens de meia-idade que se estressam exageradamente tem maior risco de desenvolverem doen�as card�acas, derrames e diabetes tipo 2.

Outra pesquisa realizada pela NPR, escola de sa�de p�blica de Harvard, em parceria com a funda��o Robert Wood Johnson, apontou as tr�s causas principais para o estresse entre o sexo masculino: problemas no trabalho est�o em primeiro lugar, com 52% dos casos, seguido por excesso de responsabilidades (46%) e problemas financeiros (45%). Problemas de sa�de estressam apenas 34% dos consultados.

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Para Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Sa�de Ocupacional, os tratamentos contra o estresse e a ansiedade variam de indiv�duo para indiv�duo. "Quando falamos de pessoas ansiosas e propensas a preocupa��es, sua aten��o deve estar voltada para a sa�de cardiometab�lica. Nesse contexto, � comum que a pessoa busque regular sua ansiedade e poss�veis crises de p�nico, por meio da comida e do sedentarismo", afirma.

O especialista complementa que, hoje, casos de ansiedade, depress�o e esgotamento mental est�o fortemente relacionados com demandas de alto n�vel de competitividade, responsabilidade e cargas de trabalho extremas. De acordo com a Organiza��o Internacional do Trabalho, os homens trabalham cerca de 43,4 horas semanais e outras 9,2 em casa (52,9 horas por semana).

"� necess�rio que as companhias se atentem � sa�de e ao bem-estar dos colaboradores, por meio de a��es efetivas, como palestras de preven��o, acompanhamento m�dico e disponibiliza��o de benef�cios, para evitar o aumento no n�mero de afastamentos e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores", completa Araujo.