CONDIÇÃO BENIGNA

Trump é diagnosticado com insuficiência venosa; quais os sintomas?

Na insuficiência venosa crônica, o sangue tem dificuldade de retornar dos membros inferiores para o coração

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (79), foi diagnosticado com uma insuficiência venosa crônica "benigna" após se submeter a um exame médico devido a inchaço nas pernas, informou nesta quinta-feira (17/7) a Casa Branca.

Segundo o médico presidencial, Trump sofre de "insuficiência venosa crônica", uma condição em que as veias danificadas das pernas não mantêm um fluxo sanguíneo adequado, informou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Karoline acrescentou que o presidente foi submetido a um exame completo, que incluiu estudos vasculares. "Foram realizados exames de ultrassonografia Doppler venosa bilateral dos membros inferiores, que revelaram insuficiência venosa crônica, uma condição benigna e comum, especialmente em pessoas com mais de 70 anos", afirmou.

"É importante destacar que não foram encontrados indícios de trombose venosa profunda nem de doença arterial", acrescentou. Segundo ela, todos os exames "estão dentro dos limites normais", sem sinais de insuficiência cardíaca, renal ou de doença sistêmica. 

Em resposta às especulações sobre fotos recentes nas quais se observam hematomas nas mãos de Trump, Leavitt afirmou que eles se devem a "uma leve irritação dos tecidos moles causada pelos frequentes apertos de mão e pelo uso de aspirina", que ele toma como "prevenção cardiovascular".

O que é insuficiência venosa crônica?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a doença venosa crônica (DVC), também chamada de insuficiência venosa crônica, afeta cerca de 38% da população brasileira, sendo mais prevalente entre as mulheres (45%) do que entre os homens (30%). A condição, que tem origem nas falhas nas válvulas das veias, pode ocasionar sintomas como sensação de peso nas pernas, cansaço, inchaço e dor.

A insuficiência venosa é frequentemente associada a fatores como sedentarismo, alimentação inadequada, histórico familiar e condições como a gravidez. Além disso, indivíduos que permanecem longos períodos em pé, como trabalhadores de algumas profissões, também estão mais expostos. Em pessoas com mais de 70 anos, o quadro é mais recorrente – cerca de 70% da população acima dessa idade convive com a condição. 

"Essa doença tem sérios impactos na saúde dos indivíduos, incluindo complicações como a formação de úlceras e tromboses, que podem se deslocar para os pulmões, oferecendo riscos à vida", explica a enfermeira Natália Barros, gerente clínica da Essity no Brasil. “O bem-estar emocional dos pacientes também é afetado, com muitos relatando dificuldades para dormir devido a sintomas como cãibras e formigamento nas pernas. Isso prejudica a qualidade de vida em diferentes áreas, como no trabalho, nos relacionamentos e em atividades diárias”, continua. 

Na insuficiência venosa crônica, o sangue tem dificuldade de retornar dos membros inferiores para o coração. Isso acontece quando as válvulas das veias que direcionam o fluxo sanguíneo para o coração falham, ou quando as veias estão dilatadas, ou seja, varicosas.

Por ser causada por fatores como obesidade, tabagismo, idade avançada, sedentarismo e permanência prolongada na mesma posição, a condição pode desencadear os seguintes sintomas nas pernas:

  • Inquietação
  • Cansaço
  • Fadiga
  • Dores
  • Latejamento
  • Queimação
  • Descamação da pele
  • Coceira
  • Cãibras musculares

“A prevenção da insuficiência venosa crônica inclui basicamente os mesmos hábitos de estilo de vida que previnem outras doenças vasculares, como boa alimentação, prática de atividades físicas, além de repousar com as pernas elevadas e evitar o uso de roupas apertadas e salto alto”, diz o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha. 

E o tratamento? 

O tratamento para a insuficiência venosa varia de acordo com a causa, sendo que o foco mais importante é cuidar da doença-base que gerou o quadro clínico. Alguns métodos podem envolver o uso de medicamentos, uso de meias de compreensão e até elevar os pés acima do nível da cabeça para ajudar na drenagem do sangue.

Vale destacar que o tratamento será sempre indicado por um cirurgião vascular e angiologista, de forma individual para cada paciente.

*Com informações da AFP

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