IMUNIZAÇÃO

Medo de vacina? 5 dicas para tranquilizar as crianças

Especialista aponta o período de férias como uma oportunidade para atualizar o calendário vacinal e evitar doenças durante viagens

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A vacinação infantil é essencial para a saúde e proteção contra diversas doenças. Contudo, imunizar-se nem sempre é uma atividade agradável — especialmente para os pequenos. Por isso, muitos pais veem como um desafio lidar com o medo que as crianças têm de levar uma pequena agulhada.

Falando em dificuldades, o Brasil está longe de alcançar as metas de cobertura vacinal, como mostra o Anuário VacinaBR 2025, do Instituto Questão de Ciência (IQC).

Em 2023, último ano analisado no documento, nenhum estado atingiu os objetivos de vacinação para as quatro principais vacinas aplicadas até 1 ano de idade: pentavalente, poliomielite, pneumocócica e tríplice viral. Além disso, o relatório destaca que a adesão cai drasticamente da primeira para as doses subsequentes, com o abandono superando 50% em vários estados, no caso de vacinas como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Essa baixa cobertura é ainda mais preocupante em períodos de férias e viagens, quando as crianças podem ser expostas a novos agentes infecciosos. “Não estar vacinado pode significar passar as férias em um hospital local devido a uma doença que poderia ser prevenida”, alerta Guenael Freire, infectologista do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da Dasa, em Minas Gerais. 

Para ajudar os pais a superarem esse desafio e garantirem a vacinação dos pequenos, especialmente antes das tão esperadas viagens, reunimos cinco dicas para tranquilizar as crianças:

1. Converse e explique a importância da vacina

Antes da vacinação, tenha uma conversa franca e adequada à idade da criança. Explique, de forma simples, por que a vacina é importante e como ela protege contra doenças, inclusive aquelas que podem surgir em viagens para outros lugares. Responda às perguntas com paciência e clareza.

2. Use o reforço positivo para tornar o momento mais leve

Combine uma pequena recompensa após a vacinação, como um passeio interessante, um adesivo com o personagem favorito, um livro novo ou um tempo extra para brincar. “Essa estratégia ajuda a criança a associar a vacinação a algo positivo, diminuindo a ansiedade e transformando o momento em algo menos ameaçador”, comenta Guenael Freire.

3. Aproveite as férias para vacinar fora do ambiente das clínicas

Que tal desassociar a vacinação do ambiente formal de uma clínica? O infectologista sugere aproveitar o período de férias para levar a criança a locais alternativos e mais descontraídos. “Vacinar em casa ou até mesmo na casa dos avós pode oferecer um cenário mais relaxante para a aplicação. Laboratórios dispõem de serviços especializados para atendimento móvel e domiciliar, garantindo a vacinação em ambientes mais familiares às crianças, com a mesma segurança de quando é feita na clínica”, argumenta Guenael.

4. Opte por laboratórios com ambientes lúdicos e brinquedotecas

A ambientação faz toda a diferença. Um espaço acolhedor e divertido pode distrair a criança, transformando a espera e o momento da vacina em uma experiência mais agradável e menos assustadora. Muitos laboratórios e clínicas que oferecem vacinação infantil têm investido em espaços temáticos, decorados com personagens e equipados com brinquedotecas.

5. Desvie o foco durante a aplicação da vacina

No momento exato da picada, a distração é sua maior aliada. Levar um brinquedo favorito, um livro interativo ou cantar uma música são estratégias eficazes para desviar o foco da agulha e ajudar a criança a relaxar. Outra dica importante é buscar um laboratório que conte com equipe especializada em aplicação infantil. A experiência do profissional ao lidar com os pequenos conta muito para tornar o momento menos tenso.

Quais vacinas não podem faltar para as crianças?

Segundo o infectologista, manter o cartão de vacinação em dia é fundamental para a segurança das crianças, especialmente antes de viagens. As principais vacinas para garantir a proteção dos pequenos incluem:

  • Tríplice viral (SCR): protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Duas doses: aos 12 meses e reforço aos 15 meses.
  • Hepatite A: dose aos 12 e aos 18 meses de idade.
  • Hepatite B: geralmente aplicada ao nascer, com doses subsequentes incluídas na vacina hexavalente. Doses faltantes podem ser atualizadas mesmo na adolescência.
  • DTPa (tríplice bacteriana): protege contra difteria, tétano e coqueluche, com reforços em idades específicas.
  • ACWY: importante na proteção contra meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W e Y.
  • HPV: para meninas e meninos a partir dos 9 anos.
  • Hexavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite (paralisia infantil) e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
  • Meningo B: protege contra a doença invasiva causada pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo B, uma das principais causas de meningite bacteriana e doença meningocócica invasiva (DMI).
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