Autovalor: quem sabe o quanto vale, não aceita menos do que merece
Especialista fala sobre o impacto de reconhecer o próprio valor e mostra como isso transforma relações e escolhas
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Siga noEm um mundo cada vez mais competitivo e acelerado, no qual o desempenho e as aparências muitas vezes são supervalorizados, uma qualidade essencial tem sido deixada de lado: o autovalor. Para Heloísa Capelas, especialista em desenvolvimento do potencial humano, reconhecer o próprio valor é o primeiro passo para viver com mais plenitude, equilíbrio emocional e autenticidade.
Segundo a especialista, muitas pessoas confundem autovalor com autoestima ou autoconfiança, mas há diferenças importantes entre esses conceitos. “Autoconfiança é acreditar na sua capacidade de fazer. Autoestima é gostar de quem você é. Já o autovalor vai mais fundo: é saber que, mesmo quando não consegue, mesmo quando erra, você ainda vale e vale muito”, explica.
Essa percepção profunda do próprio valor está diretamente relacionada à forma como lidamos com frustrações, críticas, perdas e até com o sucesso. Quem reconhece seu autovalor não depende de validação externa, nem do desempenho ou da aprovação constante dos outros para se sentir inteiro.
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Diferenças em resumo:
- Autoconfiança: ligada à ação. Pessoas autoconfiante são aquelas que tomam decisões, lidam bem com desafios e sabem resolver problemas. "Em alguns casos, essa característica, quando mal trabalhada, pode soar como arrogância."
- Autoestima: ligada à autoimagem e autoaceitação. "Isso inclui o modo como você se enxerga fisicamente, emocionalmente e socialmente. Pode oscilar conforme apontamento de outras pessoas."
- Autovalor: ligada à essência. "Neste caso não depende da aceitação externa, pois quando sabemos o quanto valemos nos valorizamos mais e isso independe de relações profissionais associadas ao dinheiro, pois, eu me considero valioso, independentemente do que faço ou conquisto."
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Heloísa Capelas compartilha cinco caminhos para fortalecer o autovalor no dia a dia:
- Invista no autoconhecimento: entender sua história de vida, seus padrões emocionais e suas feridas é essencial para se libertar de crenças que limitam seu valor pessoal.
- Desenvolva o perdão por si mesmo: o autovalor cresce quando você se permite errar e se acolhe, ao invés de se punir constantemente.
- Pare de se comparar: a comparação é o oposto do autovalor. Lembre-se: você é único e não precisa viver segundo a régua de ninguém.
- Reconheça suas qualidades sem modéstia falsa: valorizar suas forças não é arrogância, é maturidade emocional.
- Cuide das suas emoções: o autovalor floresce quando há espaço para sentir, acolher e compreender o que se passa dentro de você.
“Se você não sabe o quanto vale, será sempre prisioneiro daquilo que os outros acham de você. Mas, quando você reconhece seu valor, ninguém mais pode tirar isso de você”, recomenda Heloísa.