Assim como um carro precisa do combustível certo para funcionar bem, o corpo humano também depende de bons insumos para manter a energia, a disposição e a saúde em dia.

Quando abastecido com alimentos de qualidade, o metabolismo trabalha de forma eficiente, convertendo o que comemos em energia vital para o dia a dia. Mas quando essa "gasolina" está contaminada com opções de baixa qualidade nutricional, o resultado pode ser parecido com o de um motor engasgando: cansaço, queda de rendimento, ganho de peso e prejuízos à saúde.

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Combustível premium vs. batizado: o que está no seu prato?

Nessa analogia entre alimentação e combustível, cada escolha pode ser comparada a um tipo de abastecimento. Existem alimentos que funcionam como a gasolina premium: entregam energia limpa, eficiente e sustentada. Outros atuam como combustíveis adulterados: provocam um pico rápido de energia, seguido de queda brusca e efeitos negativos no longo prazo.

Entre os combustíveis premium da alimentação estão os alimentos in natura ou minimamente processados, ricos em fibras, vitaminas, minerais e gorduras boas. Frutas, legumes, grãos integrais, castanhas e sementes, por exemplo, garantem um fornecimento constante de energia e ajudam a manter o metabolismo regulado. Eles são digeridos mais lentamente, o que evita oscilações bruscas nos níveis de glicose no sangue e proporciona saciedade prolongada.

Já os carboidratos refinados, bebidas açucaradas, produtos ultraprocessados e alimentos com alto índice glicêmico funcionam como aquele combustível batizado com solventes: dão um empurrão rápido, mas cobram um preço alto depois.

Esses itens provocam picos de energia seguidos de fadiga, favorecem o acúmulo de gordura abdominal, alteram a resposta do organismo à insulina e afetam o desempenho físico e mental.

E os energéticos e refrigerantes?

Refrigerantes, bebidas energéticas e sucos industrializados são como combustíveis adulterados vendidos sem fiscalização: têm apelo comercial, são de fácil acesso, mas prejudicam seriamente o motor. Altamente açucarados e com aditivos artificiais, esses produtos sobrecarregam o fígado, causam inflamações silenciosas e atrapalham a absorção de nutrientes importantes.

Ao fazer da alimentação uma fonte de energia de qualidade, ganhamos mais vitalidade e prevenimos doenças

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Hidratação e sono: os insumos principais

Por outro lado, a água é o equivalente ao lubrificante essencial, não fornece energia diretamente, mas é fundamental para que todos os processos metabólicos ocorram corretamente. A hidratação adequada melhora a digestão, facilita a eliminação de toxinas, regula a temperatura corporal e ajuda a manter o foco e a concentração.

O mesmo vale para o sono, pode não ser um alimento, mas é como uma manutenção periódica. Dormir bem é essencial para que o corpo converta os alimentos em energia de forma eficiente. A privação de sono atrapalha os hormônios do apetite, aumenta a vontade de comer “besteiras” e compromete o rendimento físico e cognitivo.

Como evitar as adulterações na sua dieta

Para evitar as “adulterações” na dieta, vale adotar alguns hábitos simples:

  • prefira alimentos frescos e integrais sempre que possível;
  • leia os rótulos dos produtos e evite aqueles com muitos ingredientes artificiais;
  • coma em intervalos regulares para manter o metabolismo ativo;
  • inclua fontes de proteínas magras, gorduras boas e fibras em todas as refeições;
  • evite dietas muito restritivas, que podem gerar deficiências nutricionais e queda de energia.


Para ajustes mais específicos e seguros de acordo com suas necessidades individuais, o ideal é sempre contar com a orientação de um nutricionista ou profissional de saúde especializado.

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