O campeão do BBB12, Fael Cordeiro, precisou se submeter a um procedimento cirúrgico para retirada de um tumor benigno em sua pele. Tratava-se de um lipoma, um tipo de tumor constituído por células de gordura, também chamadas de células adiposas. Segundo a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, esse tipo de tumor se diferencia do tecido gorduroso ao seu redor por ser revestido por uma cápsula fibrosa.

“Os lipomas costumam crescer no tecido subcutâneo, ou seja, logo abaixo da pele, formando uma protuberância arredondada que é visível e palpável. Apesar de menos comum, também é possível a sua ocorrência em tecidos mais profundos, como músculos, nervos, órgãos internos ou na cavidade abdominal”, explica a cirurgiã. “Existem os lipomas superficiais, que são mais comuns, e os profundos, mais raros, mas podem ser maiores e deslocar estruturas como músculos e nervos, causando dor ou perda de função”, afirma. 

Segundo a cirurgiã, nas lesões superficiais é raro que se trate de um caso maligno, já nas profundas, em regiões subfasciais, intramusculares e viscerais, a incidência varia de 3 a 5% de malignidade. “O diagnóstico diferencial de lipoma é o lipossarcoma, que é uma lesão maligna clinicamente muito parecida com o lipoma. Na grande maioria das vezes a remoção é por questões estéticas. Lesões muito grandes ou mais profundas, como existe chance de crescimento profundo, essas lesões devem ser removidas”, comenta.

Para identificar lesões mais profundas, a análise de exames de imagem é fundamental para avaliar tamanho, profundidade e acometimento de outras estruturas. Segundo Beatriz Lassance, a remoção de lipomas pode ser realizada tanto por dermatologistas quanto por cirurgiões plásticos, dependendo da complexidade do caso. “Lipomas pequenos e superficiais, que são de fácil acesso e remoção, podem ser tratados tanto por dermatologistas quanto por cirurgiões plásticos em consultório, utilizando anestesia local.”

No entanto, quando a lesão é maior e envolve planos profundos, a situação se complica. “Nestes casos, a intervenção é realizada em centro cirúrgico e pode requerer anestesia geral, sendo a cirurgiã plástica a responsável pela operação. Casos específicos e mais complexos demandam ainda mais cuidado”, detalha Beatriz. “Quando a ressonância mostra um lipoma na região cervical, por exemplo, muito próximo a vasos de grande calibre e nervo profundo, é necessária a presença de um colega especialista em cabeça e pescoço e utilização de um equipamento elétrico para localização de nervos para que a cirurgia seja segura”, exemplifica.

A remoção de lipomas, embora geralmente seja uma intervenção simples, pode variar em complexidade dependendo da localização e do tamanho do tumor. Beatriz reforça que, independentemente da gravidade, a remoção de lipomas, seja por razões estéticas ou de saúde, deve ser abordada com cuidado e profissionalismo, garantindo os melhores resultados para os pacientes.

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