No Brasil, beber refrigerante é parte da rotina, faz parte de refeições, lanches e encontros familiares. Mas além de causar inchaço, cáries e ganho de peso, essa bebida pode ter efeitos diretos no cérebro.
A combinação de altos níveis de açúcar, adoçantes artificiais, cafeína e sódio, presente na maioria dos refrigerantes, afeta o funcionamento cerebral a médio e longo prazo. Entre os efeitos observados estão dificuldade de memória, problemas de atenção, alterações de humor e até mesmo o aumento do risco de doenças neurodegenerativas.
A seguir, entenda melhor como beber refrigerante afeta o cérebro.
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Entenda por que beber refrigerante afeta o cérebro
O trio presente na maioria dos refrigerantes (açúcar, cafeína e sódio) atua diretamente no sistema nervoso e pode causar danos quando consumido em excesso e com frequência. Segundo estudos do Framingham Heart Study, o alto teor de açúcar está associado à redução do volume cerebral e pior desempenho cognitivo indicando um maior risco de demência em consumidores regulares de bebidas açucaradas.
Além disso, dietas ricas em açúcar contribuem para processos de neuroinflamação, prejudicando a memória e capacidade de aprendizado. A cafeína em excesso pode desregular o sono e amplificar sintomas de ansiedade, enquanto o sódio, ao influenciar a pressão arterial e a retenção de líquidos, também afeta a oxigenação do cérebro. Juntos, esses componentes formam um coquetel que, apesar do prazer momentâneo, compromete a saúde cerebral no longo prazo.
Diminuir o refrigerante é uma questão de bem-estar e qualidade de vida a longo prazo
Beber refrigerante zero também afeta o cérebro?
Apesar de não conter açúcar, o refrigerante zero pode ter efeitos negativos no cérebro por causa dos adoçantes artificiais usados em sua composição. Substâncias como aspartame e sucralose, comuns nesse tipo de bebida, já foram associadas a alterações neurológicas em estudos recentes.
Embora ainda haja debates científicos sobre os impactos de longo prazo, algumas pesquisas indicam que esses adoçantes podem afetar o equilíbrio da microbiota intestinal, o que, por sua vez, influencia diretamente a saúde mental e cognitiva.
Além disso, o consumo exagerado pode interferir nos mecanismos de saciedade e no humor, levando a um ciclo de ingestão compulsiva e alterações emocionais. Ou seja, mesmo sem calorias, refrigerantes diet e zero não são isentos de riscos para o cérebro.
Como reduzir o consumo e proteger o cérebro
Diminuir o consumo de refrigerantes não precisa ser um sacrifício radical. Uma boa estratégia é substituir a bebida por opções mais naturais, como água com limão, chás gelados sem açúcar ou sucos diluídos em água. Outra alternativa é apostar em águas saborizadas com frutas e ervas frescas, que são refrescantes e livres de aditivos.
Estabelecer dias da semana sem refrigerante e evitar o hábito de ter a bebida sempre à mão também são atitudes eficazes. Levar garrafinhas de água para o trabalho, manter o refrigerante fora da geladeira e reforçar a hidratação com opções saudáveis são passos que ajudam a reduzir o consumo sem sofrimento.