Gravidez e alterações na pele: como cuidar?
As oscilações hormonais podem causar manchas, estrias e oleosidade; dermatologista ressalta que alguns tratamentos são permitidos apenas depois do parto
compartilhe
Siga noDurante a gravidez, a pele pode sofrer algumas alterações incômodas que merecem cuidados para não se tornarem permanentes após o parto. Uma delas é o aumento da pigmentação em algumas áreas do corpo, devido à hipercromia – produção excessiva de melanina – desencadeada pelas alterações hormonais do período.
- Grávidas podem pintar o cabelo ou usar cremes durante a gestação?
- Pele radiante na gravidez: quais tratamentos estéticos podem ser feitos na gestação?
“As manchas mais comuns são nas aréolas, a linha nigra na barriga e o surgimento ou agravamento do melasma em mulheres predispostas. Nessa fase, algumas pintas podem crescer ou mudar sua forma, então é importante consultar um dermatologista para avaliação e acompanhamento”, explica Fernanda Fonseca, dermatologista da Clínica da Pele e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
As estrias são outras modificações frequentes causadas pelo estiramento natural da pele e o rompimento das fibras de colágeno, de acordo com Fernanda, que surgem no final da gestação. “São mais prevalentes em mulheres mais jovens e que têm um ganho de peso maior. Mesmo com todos os cuidados, mulheres com predisposição podem desenvolver estrias, então a minha dica de ouro é: não se cobre para ter um corpo perfeito, especialmente em um momento tão especial como a chegada de um bebê”, informa.
Leia Mais
As oscilações hormonais também podem aumentar a oleosidade da pele. “O aumento da produção de andrógenos que estimulam as glândulas sebáceas pode levar ao agravamento da acne no segundo e terceiro trimestres em mulheres com histórico prévio da condição. Geralmente, após o parto a secreção de sebo, retorna aos níveis normais”, afirma a médica.
O tratamento das condições provisórias requer orientação de um dermatologista, porque alguns produtos e abordagens representam potenciais riscos para a mãe e o bebê. “Algumas opções tópicas podem ser usadas, mas outras, como ácidos, hidroquinona e ureia em concentrações mais altas, só poderão ser reintroduzidas gradualmente, com supervisão médica, após o parto. Em relação ao protetor solar, a opção preferencial são os minerais, com maior perfil de segurança. Já os hidratantes, desde que não tenham ativos como ácidos e ureia em grandes concentrações, estão liberados e são fundamentais”, orienta Fernanda.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia