SAÚDE DOS PETS

Glaucoma surge de forma súbita em cães e gatos

Doença causa dor e pode levar à perda da visão se não for tratada a tempo; a dor é demonstrada esfregando os olhos com as patas, objetos ou no solo

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Olhos vermelhos, pupilas dilatadas e pressão intraocular aumentada são as principais manifestações do glaucoma em cães e gatos, uma doença que, assim como nos humanos, pode levar à perda irreversível da visão se não for tratada.

Por que isso ocorre?

De acordo com a coordenadora de medicina veterinária da Estácio BH, Denise Terenzi, a causa primária do problema é o acúmulo do humor aquoso, um líquido que preenche a cavidade ocular, nutre as células da região e remove os dejetos da região. “Esse aumento do humor aquoso eleva a pressão intraocular, o que danifica as células da retina e do nervo óptico, levando à perda da visão”, afirma.

O desafio no diagnóstico precoce da condição em pets é que ela surge de modo repentino e causa graves transtornos. "Diferentemente da catarata, que também é bastante comum em cães e gatos, o glaucoma provoca dor. Como os animais não podem se expressar verbalmente sobre seus desconfortos, a dor é demonstrada esfregando os olhos com as patas, objetos ou no solo", alerta Denise.

Como identificar?

"Além da vermelhidão e pupilas dilatadas, outros sinais aparentes incluem lacrimejamento, piscar de olhos frequentes, coloração azulada nos olhos, perda de apetite, vômitos, andar anormal com a cabeça abaixada. Às vezes, os gatos apresentam pupilas de tamanhos diferentes nos olhos", ilustra a veterinária.

Apesar de afetar todas as raças de cães, inclusive sem raça definida (SRD) ou mestiços, estudos indicam que algumas têm predisposição ao glaucoma, como explica Denise. “Poodle, Basset Hound, Beagle, Chow-chow, Shar Pei e Cocker Spaniel são os mais acometidos."

"Cabe lembrar que o envelhecimento é um fator predisponente. portanto, se alguns dos sintomas citados for percebido, procure rapidamente um veterinário, de preferência um que tenha especialização em oftalmologia”, orienta.

Segundo a especialista, o diagnóstico é feito no próprio consultório por meio de um exame oftalmológico simples e indolor. “Utiliza-se o tonômetro, um instrumento no formato de uma caneta que mede a pressão intraocular”, descreve a médica veterinária. 

Denise acrescenta a importância de manter consultas regulares: “É fundamental realizar exames oftalmológicos anuais, principalmente em animais com predisposição hereditária para o glaucoma primário, bem como a observação cuidadosa em mudanças de comportamento”, alerta.

Tem cura?

O tratamento é determinante para impedir a progressão da doença e o sofrimento dos bichinhos. “Normalmente, são utilizados colírios para a redução da pressão intraocular, mas também podem ser prescritos medicamentos orais, como anti-inflamatórios, para a dor. Em casos mais graves, existe a opção do tratamento cirúrgico, inclusive com enucleação do globo ocular”, menciona Denise.

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