Pediatra revela sinais de sofrimento emocional em crianças e adolescentes
Exposição às redes sociais pode aumentar ansiedade e baixa autoestima; alterações no humor, sono ou no rendimento escolar podem ser um pedido de ajuda
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Siga noO Setembro Amarelo é um convite para refletirmos sobre saúde mental e prevenção do suicídio, mas o tema não deve se restringir apenas aos adultos. Crianças e adolescentes também estão cada vez mais vulneráveis ao sofrimento emocional — e parte disso está relacionado ao excesso de tempo online.
De acordo com a pediatra e oncopediatra Amanda Ibagy, a forma como os jovens usam as redes sociais pode influenciar diretamente sua autoestima e bem-estar. “Na infância e adolescência, a identidade ainda está em formação. Quando eles passam horas se comparando a padrões irreais que veem na internet, acabam se sentindo insuficientes, o que pode gerar ansiedade, tristeza e baixa autoestima”, explica.
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A médica alerta que os sinais de sofrimento emocional podem aparecer de forma sutil, mas merecem atenção. “Mudanças bruscas de humor, isolamento social, alterações no sono ou até queda no rendimento escolar são sinais de que algo não vai bem. Muitas vezes, os pais pensam que é apenas ‘fase’, mas pode ser um pedido de ajuda”, afirma.
Segundo ela, a presença e o diálogo dentro de casa são ferramentas poderosas para a prevenção. “A criança e o adolescente precisam sentir que têm espaço para falar sobre suas angústias sem medo de julgamento. Quando há acolhimento, os riscos de agravamento diminuem muito”, reforça.
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Amanda também destaca que não se trata de proibir a tecnologia, mas de ensinar o uso consciente. “As telas fazem parte da vida atual, mas é preciso equilíbrio. Incentivar atividades fora do ambiente digital ajuda no desenvolvimento emocional e social, além de reduzir a pressão das comparações constantes”, orienta.
Para a pediatra, falar de saúde mental desde cedo é fundamental. “O Setembro Amarelo serve como alerta de que cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Identificar sinais, conversar abertamente e buscar ajuda profissional podem salvar vidas”, destaca.
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