O britânico Rhys Russell, de 18 anos, morreu em março de 2025, devido a um melanoma, um tipo de câncer de pele agressivo. Ele foi diagnosticado em 2021, e a doença se desenvolveu no couro cabeludo, mas demorou a ser descoberta por causa dos cabelos, cacheados e grossos, que escondiam a gravidade da situação.

O melanoma de Rhys só foi percebido após um sangramento. "Ele tinha algo que parecia uma pinta. Foi só por causa do sangramento ali que percebemos (que era câncer), caso contrário, não teríamos notado por Deus sabe quanto tempo”, contou Lauren, mãe do adolescente e enfermeira ao Daily Mail

Oli Russell, padrasto de Rhys, acrescentou que a situação só se agravou após um suposto carrapato ser removido, revelando a gravidade do melanoma. Quando o diagnóstico foi feito, o câncer já estava no estágio quatro ou metastático, que é quando as células cancerígenas se espalharam para outros órgãos e tecidos.

Naquele momento, a doença já atingia fígado, pulmões, coração e cérebro. Mesmo assim, ele passou por terapia direcionada e radioterapia durante três anos. O estado de saúde piorou em janeiro de 2025. 

"Ele estava rolando no chão em agonia, usando cadeira de rodas e acamado. Ver meu filho definhar foi simplesmente surreal", contou Oli.

Nos últimos dias de vida, Rhys realizou um sonho: conheceu seu jogador favorito, Jack Grealish, por vídeo via Make a Wish Foundation, e revê-lo minutos antes de falecer trouxe alegria nos últimos momentos. O pedido derradeiro foi que suas cinzas fossem espalhadas no jardim memorial do Estádio Etihad, do Manchester City.

Os pais de Rhys decidiram compartilhar sua história para alertar outras pessoas sobre a importância de observar sinais de melanoma, mesmo em locais cobertos por cabelo ou até em jovens. 

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"Se notar algo no corpo, mesmo que pareça trivial, converse com alguém e faça um check-up. Esperamos que, ao compartilhar a história do Rhys, possamos salvar outras pessoas do que passamos”, afirmou o padrasto. 

Isso porque, após a reportagem do Fantástico contatar a Secretaria de Saúde do Ceará, o estado notificou pelo Diário Oficial que o remédio foi contratado pelo Instituto do Câncer do Ceará. ©Reprodução de vídeo TV Globo
No dia 9 de novembro de 2024, Sabrina foi internada no Instituto do Câncer para passar por uma avaliação para monitoramento de suas condições físicas até que estivesse em condições de receber as doses de lutécio radioativo. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Com dificuldades para respirar, Sabrina precisou passar por uma cirurgia de emergência para implante de uma prótese na traqueia, aumentando o espaço para passagem do ar. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Em oito meses, o tumor cresceu ainda mais e passou a pressionar a traqueia de Sabrina. O órgão do sistema respiratório é responsável por conduzir o ar para os pulmões. ©Reprodução de vídeo TV Globo
No entanto, o processo se arrastou após o estado do Ceará entrar com um agravo contra a liminar. ©Reprodução de vídeo TV Globo
A família de Sabrina Gomes conseguiu uma liminar judicial, via Defensoria Pública, que obrigava o estado do Ceará a fornecer o remédio para a jovem. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Fabricado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, o lutécio radioativo precisa ser encomendado por demanda prévia e não consta da lista de medicamentos oferecidos pelo SUS. O preço da dose é da ordem de R$ 8 mil. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Para combater os impactos do ACTH na pele é preciso reduzir o tumor, mas radioterapia e quimioterapia não tiveram resultado no caso de Sabrina. A alternativa indicada pela médica seria o tratamento com aplicação pela veia de lutécio radioativo, capaz de destruir o tumor. Neste momento, entrou em cena o processo judicial. ©Reprodução de vídeo TV Globo
“Eu mudei de coloração muito rápido. Questão de meses, três, quatro meses”, contou Sabrina, referindo-se à pigmentação alterada de pacientes que têm superprodução de ACTH. - ©Reprodução de vídeo TV Globo
Com a cirurgia, Sabrina viu-se livre dos terríveis efeitos da superprodução de cortisol. No entanto, o tumor seguiu secretando ACTH. O hormônio, sem a regulação das glândulas adrenais, causam estímulos nas células que dão pigmentação à pele. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Ana Rosa, que também é médica endocrinologista, fez em 2022 uma cirurgia em Sabrina para extrair as glândulas adrenais e eliminar a Síndrome de Cushing. ©Reprodução de vídeo TV Globo
“Se a gente não trata esse excesso hormonal, o paciente pode ir a óbito antes até do que devido a um crescimento tumoral”, explicou ao Fantástico Ana Rosa Quidute, professora da Faculdade de Medicina da USP. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Entre os efeitos desses níveis exacerbados de cortisol podem estar queda da imunidade, com o risco aumentado de contrair infecções, elevação da pressão arterial e retenção de água. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Essa superprodução de cortisol levou Sabrina a sofrer com a Síndrome de Cushing - doença endócrina provocada por elevados níveis do hormônio no organismo. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Para piorar o quadro, o tumor secreta o hormônio ACTH, que induz as adrenais a produzirem doses excessivas do hormônio cortisol. Essas glândulas estão situadas acima dos rins. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Passados dois anos da cirurgia, Sabrina voltou a sofrer com os sintomas e exames mostraram que o tumor não só seguiu em seu corpo como aumentou de tal forma que não poderia mais ser retirado por meio cirúrgico. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Após a descoberta, Sabrina foi submetida a uma cirurgia para retirada do tumor. “Quando operaram, disseram que tinham tirado tudo. Pronto! Então, beleza, é seguir a vida, né”, declarou a Patrícia Gomes Lopes, mãe da jovem. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Quando tinha 15 anos, Sabrina recebeu o diagnóstico de um tumor no timo, órgão linfático entre os pulmões e próximo ao coração que regula o sistema imunológico. ©Reprodução de vídeo TV Globo
Sabrina Gomes, uma jovem cearense de 25 anos, descobriu em 2015 um tumor raro que trouxe efeitos colaterais intensos para sua saúde e virou disputa judicial. A história foi tema do Fantástico, da Globo, em 10 de novembro de 2024. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu. ©Reprodução de vídeo TV Globo

Sinais de alerta para melanoma

  • Assimetria: uma metade da lesão não corresponde à outra;
  • Bordas irregulares: contornos recortados ou dentados;
  • Cores variadas: presença de marrom, preto, vermelho, branco ou azul;
  • Diâmetro maior que 6 mm: tamanho superior à borracha de lápis;
  • Evolução: mudanças na forma, cor, tamanho ou sintomas como coceira ou sangramento;
  • Pintas novas ou incomuns: surgimento de manchas após os 30 anos merece atenção;
  • Localizações atípicas: palmas das mãos, solas dos pés ou sob as unhas podem indicar melanoma acral.
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