Caio Signoretti está conquistando o universo fitness no Brasil, somando mais de 3,4 milhões de seguidores em suas redes sociais. Personal trainer e influenciador digital, ele ganhou espaço por compartilhar conteúdos que unem conhecimento técnico e linguagem acessível, sempre voltados para quem busca melhorar a saúde, ganhar disposição e adotar hábitos de vida mais equilibrados.

Parceiro da Probiótica, Caio também compartilha um pouco de sua rotina, revelando como organiza seus próprios treinos e adapta a prática de exercícios ao dia a dia. Dessa forma, além de inspirar seus seguidores, ele mostra na prática que manter uma vida saudável depende de escolhas possíveis, equilibradas e sustentáveis.

Entre os temas que aborda, Caio destaca pontos que geram muitas dúvidas entre praticantes de atividade física. Ele explica se de fato existem treinos específicos para cada tipo físico, fala sobre as crenças equivocadas que ainda são muito difundidas e orienta como identificar informações confiáveis para alcançar resultados reais. Sua proposta é simplificar conceitos e mostrar que disciplina e consistência são os principais aliados de quem deseja evoluir.

Há exercícios indicados de acordo com o perfil físico de cada pessoa?
As pessoas, de modo geral, são similares. A diferença real está nos exercícios escolhidos e, principalmente, na forma como eles são executados. Existem muitos mitos sobre exercícios.

Por exemplo, uma pessoa obesa e alta que realiza trabalho muscular adequado gera um impacto controlado nas articulações. Já uma pessoa mais baixa ao começar a correr, caso não execute o movimento de maneira correta, gera um peso nas articulações muito mais significativo. Por isso, sempre destaco que blindar as articulações é vital, aumentando a massa muscular para protegê-las.

Ou seja, antes de pensarmos em exercícios e tipos físicos, temos que pensar em musculação?
Sim. Antes de focar em tipos físicos ou modalidades específicas, é fundamental investir na musculação para fortalecer a base do corpo.


O glúteo médio, por exemplo, é essencial para garantir a estabilidade do quadril, especialmente para quem corre. Em conjunto com o transverso do abdômen e a musculatura profunda, ele ajuda também a estabilizar a coluna.

Esse grupo de músculos forma o core, fortalecê-lo é importante não apenas para a estabilidade e prevenção de lesões, mas também para a parte estética – um corpo mais harmonioso visualmente.

E sobre a fala de “emagrecimento primeiro e músculos depois”?
É um mito achar que primeiro você precisa emagrecer para depois ganhar massa muscular. O emagrecimento e o ganho de músculos são processos que acontecem juntos.

Musculação e emagrecimento caminham lado a lado. Sempre digo que existe o emagrecimento verdadeiro e o emagrecimento falso.

Poderia explicar melhor esses pontos?
O emagrecimento verdadeiro acontece quando você perde gordura e preserva — ou até aumenta — a massa muscular. Já o emagrecimento falso ocorre quando a pessoa perde peso, mas também massa magra, o que compromete a saúde e prejudica os resultados a longo prazo.

Por exemplo: é diferente perder dois quilos de gordura com acompanhamento profissional do que apenas subir na balança e ver cinco quilos a menos sem entender o que foi perdido. Não podemos nos guiar apenas pelos números na balança.

A musculação é essencial nesse processo porque promove o ganho de massa magra e a perda de gordura de forma equilibrada.


Além disso, ganhar massa muscular ajuda o corpo a gastar mais calorias mesmo em repouso, melhorando a qualidade do metabolismo. E tudo isso está diretamente ligado a uma alimentação adequada e também à suplementação, com substâncias como a creatina – que hoje é um coringa para os bons resultados.

Uma comparação que uso: musculação é o acelerador do carro. O volante é a dieta. Se a pessoa entender isso, entende tudo.

Então não existe uma "fábrica de corpos" onde vamos nos encaixando, assim como o exercício?
Não. Essa ideia é uma falácia, assim como a crença nos três biotipos puros: ectomorfo (pessoas mais magras, que perdem massa facilmente), mesomorfo (estrutura corporal naturalmente mais atlética, associada aos padrões de beleza) e endomorfo (pessoas com tendência a um formato mais arredondado, com mais dificuldade para perder peso).

Na prática, a maioria das pessoas é uma mistura desses perfis. E o erro está em focar apenas no "ponto fraco" – olhar aquele ponto do corpo de forma isolada: só ombros, só braços, só pernas, aquilo que a pessoa não gosta e quer mudar.

Para ganhar glúteos, por exemplo, também é preciso treinar os braços. Sem força nos braços, há dificuldade para executar exercícios de perna corretamente.

O ideal é evitar descompensações, como pernas durinhas e braços flácidos, glúteos fortalecidos e posturas encurvadas e etc.

E qual é a sua rotina de treinos?
Faço musculação cinco vezes por semana e, em dois dias, pratico atividades aeróbicas como ciclismo e surf — esportes que gosto muito. Com esse controle, mantenho de forma equilibrada meu peso, minha massa magra e um percentual de gordura em torno de 10%.

Para meus alunos, indico um protocolo simples e objetivo, inspirado nos métodos da Marinha americana. Utilizo a fita métrica para medir quadril, abdômen e pescoço, e comparo esses dados com sua altura e peso.

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