SOBRECARGA

Mobilidade articular é chave para prevenir lesões em corredores; entenda

A falta de mobilidade articular, e não o tênis ou o tipo de pisada, é a principal causa de lesões comuns como fascite plantar e dores no joelho

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O hábito de correr tem levado milhões de brasileiros a participar de provas de rua e atividades ao ar livre. Porém, uma dor crônica ou uma lesão inesperada pode interromper a prática e afastar até os mais disciplinados. Nesse cenário, é comum que a culpa recaia sobre o tênis ou a falta de equipamentos de ponta, quando, na verdade, o problema muitas vezes está na mobilidade articular.

O alerta é do educador físico Rodrigo Perez, autor do livro “A arte da longevidade”. Ele defende que investir em um corpo funcional é mais importante do que apostar apenas em tecnologia esportiva. “Não existe tecnologia que compense um corpo disfuncional. O tênis pode amortecer o impacto, mas, se tornozelo, quadril e coluna não se movem bem, a corrida vai gerar uma sobrecarga que leva à lesão. A base não é o equipamento, é o corpo”, afirma.

Lesões mais comuns

Segundo o especialista, desequilíbrios mecânicos estão na origem da maioria das lesões em corredores. Entre as mais frequentes, estão a fascite plantar, a síndrome da banda iliotibial e dores no quadril. “A fascite plantar, por exemplo, muitas vezes surge de tornozelos rígidos. Quando uma articulação principal não cumpre sua função, outra parte do corpo compensa, e é aí que a dor aparece”, explica.

Rodrigo também diferencia dois conceitos muitas vezes confundidos: alongamento e mobilidade. “O alongamento trabalha o músculo de forma passiva. Já a mobilidade é o controle ativo da articulação, envolvendo músculos, tendões e até o sistema nervoso. É treinar o movimento com consciência”, detalha.

A boa notícia, segundo ele, é que a prática é acessível a todos, inclusive sedentários ou pessoas acima do peso, já que pode começar com exercícios simples, realizados sentado ou com apoio. 

Prevenção em 10 minutos

Para corredores recreativos, a recomendação é dedicar 10 minutos a exercícios de mobilidade antes e depois da corrida. O foco deve estar em três áreas prioritárias: quadril, tornozelos e coluna torácica. “São as dobradiças do corpo. O tornozelo absorve o impacto, o quadril gera potência e a torácica garante a postura. Quando estão limitadas, o corpo dá sinais, como dor na lombar ou joelhos sobrecarregados”, alerta.

Vivendo na Austrália, onde a mobilidade já faz parte da rotina de atletas e amadores, Rodrigo traz uma perspectiva global para o Brasil. “O diferencial que trago é mostrar que não é preciso ter uma estrutura de ponta. Basta ter educação do movimento e constância”, conclui.

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