
“A fun��o-base do nosso quadril � a mobilidade; j� a dos joelhos � a estabilidade. Quando a articula��o � capaz de exercer seu papel de forma correta, isso proporciona maior longevidade e sa�de a elas”, explica o educador f�sico Renato Caran.
A pandemia da COVID-19 trouxe alguns problemas para a sa�de f�sica do ser humano. O isolamento social, a falta de pr�tica de exerc�cios e o trabalho em home office foram alguns agravantes para o corpo. Pesquisa realizada pelo WW descobriu que metade dos 2.200 entrevistados n�o conseguia mais se exercitar regularmente em casa, seja por pregui�a, falta de tempo ou espa�o e por n�o saber como malhar sem instru��es.
O sedentarismo leva a uma perda gradual dessa mobilidade e, com o tempo, tamb�m � diminui��o de for�a, flexibilidade e capacidade funcional. Mobilidade, entretanto, destaca Caran, � diferente de flexibilidade ou alongamento. “Mobilidade est� relacionada � articula��o dos ombros, joelhos, tornozelos e quadris, enquanto a flexibilidade diz respeito � capacidade el�stica do m�sculo.”
A sobrecarga em uma ou outra articula��o pode ocasionar algum tipo de les�o e/ou compensa��o e sobrecarga na articula��o auxiliar. Recomenda-se, quando h� pouca mobilidade, procurar um profissional do movimento – educador f�sico ou fisioterapeuta – para que seja avaliado e identificado qual ou quais articula��es precisam ser trabalhadas para melhora e ganho de mobilidade se houver d�ficit.
“Em rela��o a dores, na maioria das vezes conseguimos resolver esses problemas com uma melhora na amplitude das articula��es, promovendo assim melhor bem-estar, postura, sa�de e qualidade de vida. Um sujeito bem-orientado pode ter suas dores resolvidas com um bom treino de mobilidade” esclarece Caran.
A pr�tica de atividade f�sica regular, al�m disso, quando se incluem os movimentos de mobilidade de forma assistida e bem orientada, gera a longevidade e sa�de das articula��es, promovendo assim movimentos mais f�ceis de serem executados e mais autonomia com o avan�ar da idade.
CUIDAR DA POSTURA
Jo�o Al Tati, jornalista publicit�rio, de 28 anos, conta que sua mobilidade � algo que sempre procura trabalhar atualmente, j� que n�o foi uma pessoa muito ativa ao longo de sua juventude. “Fui correr atr�s do preju�zo j� na minha vida adulta, ent�o a mobilidade articular foi essencial para eu aprender a ter postura, entender que � necess�rio sempre trabalh�-la para conseguir executar certos movimentos para que eu possa ter um maior desempenho, at� mesmo na minha vida profissional e social.”
Segundo o jornalista, ap�s a pr�tica de exerc�cios para mobilidade articular, ele percebeu uma melhora significativa na quest�o da postura, na progress�o de movimentos, al�m da melhora nas noites de sono e rigidez do corpo.
Keyla Al Heuz, servidora p�blica, de 41, diz que a mobilidade � algo fundamental para pr�tica de qualquer atividade f�sica. Por praticar crossfit, ela afirma que foi mais que essencial come�ar a trabalhar sua mobilidade. Segundo Keyla, ap�s lesionar o ombro ao se exercitar, foram somente com aulas de mobilidade articular e fisioterapia que ela conseguiu se recuperar.
“Praticando minha mobilidade todos os dias antes de me exercitar, eu evito me lesionar, como j� havia acontecido. � uma pr�tica preventiva fundamental, que passou a fazer parte da minha rotina di�ria”, finaliza a aluna.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram
Tipos de mobilidade articular
Mobilidade osteocinem�tica � o movimento de um osso em rela��o ao outro, conhecida tamb�m
como movimentos fisiol�gicos – como virar o pesco�o, dobrar os joelhos e os bra�os.
Mobilidade artrocinem�tica � o movimento que acontece no interior da articula��o, o qual descreve a distensibilidade na c�psula articular, permitindo que os movimentos fisiol�gicos ocorram ao longo da amplitude do movimento, sem lesar as estruturas articulares. Esses movimentos n�o podem ser realizados ativamente pelo paciente. S�o cinco os movimentos artrocinem�ticos: giro, rolamento, tra��o, compress�o e deslizamento. Tamb�m � conhecido como movimento acess�rio.
Fonte: Renato Caran