Para fortalecer o Setembro Lilás, mês de conscientização da doença de Alzheimer e outros tipos de demência, o projeto EnvelheCiência, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa, lança a “Cartilha Educativa: EnvelheCiência e Turma da Mônica na Prevenção das Demências”. A iniciativa gratuita busca sensibilizar diferentes públicos por meio da leitura e linguagem lúdica dos personagens. 

De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil, cerca de 1,8 milhão de brasileiros vivem com o diagnóstico e esse número pode triplicar até 2050. Entre os tipos mais comuns está o Alzheimer, cujos primeiros sinais podem ser discretos, como dificuldades em tarefas simples ou esquecimentos recorrentes. Além disso, os estudos mais recentes apontam que no Brasil até 60% dos casos poderiam ser evitados com cuidados preventivos ao longo da vida. 

“Falar sobre demência pode ser delicado, mas com o universo lúdico da Turma da Mônica conseguimos criar uma ponte de diálogo com todas as idades. A cartilha nasce com o objetivo de informar e inspirar ações que podem reduzir riscos e garantir qualidade de vida”, afirma Marina Sousa, diretora-executiva do Instituto Mauricio de Sousa.

Na cartilha, a Turma da Mônica explica sinais da demência, como prevenir e a importância do diagnóstico precoce

Instituto Mauricio de Sousa/Divulgação

Na cartilha, a Turma da Mônica aparece vestida de lilás, cor símbolo da campanha de conscientização sobre o Alzheimer, reforçando que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado, o apoio familiar e a adoção de hábitos saudáveis podem garantir mais qualidade de vida.

O material foi lançado durante o 7º Despertando a Sociedade para a Saúde do Cérebro, evento promovido pelo Supera, empresa de estimulação cognitiva fundamentada na neurociência. A empresa também atua na distribuição da cartilha. “A prevenção das demências é uma causa urgente para a sociedade e as informações contidas na cartilha são riquíssimas, contribuir para a disseminação dessa informação para os nossos alunos é nosso dever como empresa”, ressalta Luiz Moraes, relações públicas do Supera.

Os estudos indicam, mas não cravam, que ter uma vida saudável e sociável reduz o risco de desenvolver demência. Isso porque o cérebro mantém-se ativo. pixabay
Problemas de atenção e concentração: Tem dificuldade em acompanhar conversas, instruções ou realizar tarefas com várias etapas. Imagem gerada por i.a
Perda de iniciativa: Demonstra desinteresse por atividades que antes gostava, ficando parada ou dependente de estímulo constante. Imagem gerada por i.a
Julgamento prejudicado: Passa a tomar decisões arriscadas ou impróprias, como sair sozinho à noite ou vestir roupas inadequadas ao clima. Imagem gerada por i.a
Dificuldade em realizar tarefas cotidianas: Atividades simples como cozinhar, se vestir ou lidar com dinheiro se tornam confusas ou impossíveis. Mal consegue amarrar os cadarços do sapato. Pexels - pixabay
Mudanças de humor e comportamento: Torna-se irritada, apática, desconfiada ou até agressiva, sem razão clara, alterando a personalidade. Imagem de Gordon Johnson por Pixabay
Desorientação no tempo e espaço: Pode se perder em locais familiares ou não saber que dia é, confundindo manhã com noite ou esquecendo onde está. Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Dificuldade com a linguagem: Esquece palavras comuns, troca termos ou repete frases, dificultando a comunicação e causando frustração. - Dominio Publico/hippopx.com
Perda de memória recente: A pessoa começa a esquecer informações novas, como compromissos ou onde deixou objetos, mesmo que se lembre de fatos antigos. alexas fotos pixabay
Atualmente, um paciente tem expectativa de vida de cerca de 13 anos. É um dos casos menos comuns da demência e ataca inicialmente a comunicação e a memória. Confira alguns dos sintomas gerais da demência. Tumisu pixabay
No caso de Bruce e de Maurício, eles têm demência frontotemporal, que costuma surgir por volta dos 50 anos. - Dominio Publico/hippopx.com
A demência mais comum e famosa é a do Mal de Alzheimer. A doença costuma aparecer no final da vida. Assim, muita gente a confunde com o processo de envelhecimento normal Reprodução
Essas doenças não têm cura e também acabam desgastando a vida dos familiares envolvidos no tratamento. Os pacientes, em muitos casos, acabam sofrendo com abandono ou preconceito. Tânia Rêgo/Agência Brasil
A demência, na verdade, é um nome genérico dado a um grupo de doenças cerebrais, que, se não forem tratadas, levam à morte. As doenças costumam afetar algumas funções cerebrais, mas não a consciência da pessoa. - Dominio Publico/hippopx.com
Veja quais são os primeiros sinais dessa doença que afeta muitas famílias. A demência cria situações em que paciência é necessária e a família precisa saber evitar a tristeza. Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Maurício Kubrusly trabalhou por 34 anos na TV Globo e deixou a emissora em maio de 2019. Ele tem 79 anos e se mudou de São Paulo para o sul da Bahia, onde vive ao lado da mulher Beatriz Goulart. Renato Miranda/TV Globo/Divulgação
Da mesma forma, quem acompanhava as reportagens do jornalista Maurício Kubrusly também ficou surpreso ao saber que ele sofre do mesmo problema do astro americano. Divulgação
"Quando você vive no mundo da demência, sabe que as opções de tratamento são escassas. Mas alguns não aceitam ficar parados, que é a forma como a mudança é feita", disse a esposa. - Reprodução Instagram
Desde então, a esposa dele, Emma Heming Willis, e as filhas já fizeram desabafos sobre o caso destacando a importância do apoio familiar ao ator com a doença que não tem cura. - Reprodução Instagram
Os fãs dw Bruce Willis, um dos astros mais famosos de Hollywood, se surpreenderam e ficaram comovidos na época da divulgação da noticia sobre a demência do ator. - Reprodução Instagram

“Acreditamos que a educação é uma das ferramentas mais poderosas para transformar a forma como a sociedade enxerga o envelhecimento e as demências. Ao falar de prevenção de demências em uma linguagem acessível, preparamos desde cedo crianças, jovens e famílias para compreenderem a importância do cuidado com o cérebro em todas as fases da vida”, afirma Marcia Regina Cominetti, professora da UFSCar e coordenadora do projeto EnvelheCiência. 

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