Flacidez da pele: conheça o papel do argoplasma
Tecnologia minimamente invasiva utiliza energia de plasma para estimular a produção de colágeno e melhorar a elasticidade da pele, explica cirurgião plástico
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A flacidez da pele é uma queixa comum que tende a surgir com o passar dos anos, mas também pode aparecer após emagrecimento rápido, gestação ou por fatores genéticos. Ela ocorre pela redução das fibras de colágeno e elastina, que são responsáveis pela firmeza e sustentação dos tecidos.
Hoje, a medicina estética conta com recursos tecnológicos capazes de atenuar esse processo e melhorar a qualidade da pele — entre eles, o argoplasma, uma técnica moderna e minimamente invasiva que está ganhando espaço em consultórios.
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Segundo o cirurgião plástico Felipe Villaça, o argoplasma combina o uso do gás argônio com energia de plasma para aquecimento controlado das camadas internas da pele, estimulando a produção de colágeno e promovendo uma retração natural dos tecidos.
“O aquecimento é direcionado e preciso, o que evita danos à superfície da pele. Isso permite uma melhora na firmeza e na textura, sem necessidade de cortes ou internação”, explica o especialista.
Durante o procedimento, é inserida uma pequena cânula sob a pele, por onde o plasma de argônio é liberado. Essa energia aquece o tecido de forma uniforme, causando contração imediata das fibras de colágeno já existentes e ativando o processo de neocolagênese — ou seja, a formação de novas fibras ao longo das semanas seguintes.
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De acordo com o cirurgião plástico, o resultado é uma pele mais firme, tonificada e com aspecto rejuvenescido, sem o tempo de recuperação prolongado de uma cirurgia tradicional.
“O argoplasma pode ser indicado para o rosto e para o corpo, em áreas como abdômen, pescoço, braços e coxas. É uma boa opção para quem apresenta flacidez leve a moderada e quer um tratamento menos invasivo”, comenta o médico.
A técnica é recomendada em casos em que a flacidez compromete o contorno da pele, mas ainda não há excesso significativo de tecido que justifique cirurgia. Segundo o cirurgião plástico, é uma tecnologia que atua de forma complementar a outros cuidados, como alimentação equilibrada, hidratação e proteção solar.
“É importante lembrar que o procedimento não substitui uma cirurgia plástica em casos mais avançados. Ele é indicado para quem busca melhora na firmeza da pele e resultados naturais, dentro de um plano de cuidados personalizados”, ressalta o médico.
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A recuperação costuma ser rápida. O paciente pode retornar às atividades cotidianas em poucos dias, havendo apenas um leve inchaço ou sensibilidade temporária. Os resultados começam a ser notados nas primeiras semanas e evoluem nos meses seguintes, à medida que o colágeno é regenerado.
“Os efeitos do argoplasma são progressivos e podem durar até dois anos, dependendo da rotina de cuidados e da qualidade da pele de cada pessoa”, afirma o especialista.
Mesmo com o avanço das tecnologias, Felipe destaca que hábitos saudáveis continuam sendo fundamentais para preservar o colágeno natural da pele. “Manter uma alimentação rica em proteínas, evitar o tabagismo, dormir bem e usar protetor solar diariamente são atitudes essenciais para prevenir e retardar a flacidez”, completa.
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