Col�geno: conhe�a a prote�na da jovialidade

Desejo da maioria dos homens e mulheres que j� passaram dos 35 anos, ter uma pele vi�osa, firme e jovial depende de diversos fatores. Um deles, e talvez o que desperte mais a curiosidade de todos, � o col�geno. Essa prote�na fornece sustenta��o e elasticidade para a derme e � respons�vel por 30% do total de prote�nas de todo o nosso organismo. Al�m disso, ajuda a sustentar os �rg�os e � parte importante da estrutura dos dentes e ossos.

A servidora p�blica Marta Curcina, de 46 anos, conta que, com o passar do tempo, come�ou a perceber a pele mais opaca, desidratada. Incomodada, foi ao dermatologista e passou a fazer reposi��o de col�geno. “H� mais de seis meses, uso o sach� oral todos os dias e fa�o a bioestimula��o por meio de aparelhos, manuseados pela dermatologista, na �rea dos olhos”, explica. “Percebi um brilho mais natural na pele, que reflete em meus cabelos e unhas. At� uma dor no bra�o, que estava me incomodando, eu senti al�vio.”

 

Al�m disso, o per�odo de isolamento fez Marta ter um olhar diferente e mais atento para si mesma e as pr�prias necessidades. “A pandemia nos trouxe algumas li��es. Devemos nos cuidar. E esse cuidado com a minha pele me fez ocupar um espa�o que estava precisando ser preenchido e que faz o tempo passar”, afirma. “Estou feliz com os resultados. Nada foi agressivo.”

A m�dica dermatologista Tha�s Bittencourt Teles explica que a melhora esperada com a reposi��o oral da prote�na � discreta e difusa. “Considero que vale a pena a reposi��o de col�geno oral � medida que se entende a limita��o do seu uso, diante da tend�ncia gen�tica individual de cada paciente e tamb�m dos h�bitos de vida que podem estar acelerando ou retardando o processo. O que quero dizer � que, sozinha, a reposi��o de col�geno n�o faz milagres”, alerta a profissional.

“J� o uso injet�vel de alguns compostos atua mais intensa e focalmente no est�mulo de col�geno da regi�o aplicada. Chegam a aumentar as fibras col�genas em 50% a 60% ap�s seis meses da aplica��o. Tecnologias como ultrassom microfocado tamb�m t�m sido cada vez mais usadas”, acrescenta.

Sim. Dependendo do objetivo, existem v�rios tipos de reposi��o de col�geno: col�geno espec�fico para pele, cabelos e unhas, col�geno para as articula��es (geralmente prescrito por ortopedistas e reumatologistas) e col�geno espec�fico para os

m�sculos (ideal para atividade f�sica). Geralmente, prescrevemos a reposi��o de col�geno e fazemos tratamentos 

na pele que aumentam a produ��o da prote�na local.

Pessoas jovens, geralmente portadoras de doen�as raras, como condrodisplasias, osteog�nese imperfecta e s�ndromes como Ehlers-Danlos, podem ter defici�ncia precoce de col�geno. A idade para iniciar a suplementa��o varia, ap�s os 30 anos, mas o ideal � consultar a sua dermatologista ou nutricionista para avaliar a necessidade de reposi��o.

V�rios estudos t�m demonstrado que a gen�tica tem grande influ�ncia direta sobre a pele, afetando sua qualidade, 

velocidade de regenera��o e resist�ncia ao sol, assim como a velocidade com que o col�geno � quebrado e produzido. 

Esse fator reflete diretamente no envelhecimento da pele e dos demais �rg�os.

A vitamina C � vital para a produ��o de col�geno, ou seja, a defici�ncia dessa vitamina pode causar, tamb�m, defici�ncia na produ��o da prote�na.

A palavra col�geno vem do grego k�lla, que quer dizer cola em portugu�s. � uma prote�na fundamental ao nosso corpo, que conta com mais de 20 tipos de col�genos diferentes. Est� presente nos tend�es e ligamentos e tamb�m ajuda a sustentar os �rg�os, al�m de ser parte importante da estrutura dos dentes e ossos. J� na pele, ele d� resist�ncia, elasticidade e firmeza, representando cerca de 70% do total de prote�nas presentes.

Ap�s os 30 anos, nosso corpo diminui a produ��o de col�geno naturalmente, mesmo em pessoas saud�veis. Por ano, perdemos cerca de 1%, e essa perda tende a piorar na menopausa, no caso das mulheres. Estudos demonstram que cerca de 30% do col�geno pode ser perdido nos primeiros cinco anos ap�s a menopausa. Depois, o decl�nio � mais gradual, com redu��o de 2% ao ano, pelos pr�ximos 20 anos.

Os sinais da falta de col�geno no organismo incluem flacidez, no caso da pele, quando o n�vel da prote�na j� diminuiu bastante. J� a diminui��o do col�geno nas articula��es pode provocar dores articulares e perda de massa magra. O sistema osteomuscular tamb�m sofre com essa degrada��o, podendo evoluir para artrite e artroses.

Os h�bitos de vida, como exposi��o solar, tabagismo, ingest�o de doces e de frituras, aceleram o processo de degrada��o das fibras col�genas, determinando o nosso envelhecimento extr�nseco. Clinicamente, manifesta-se como rugosidade, perda de elasticidade, rugas finas, discromias. Logo, para preven��o � degrada��o do col�geno, devemos manter h�bitos de vida saud�veis, controlando a exposi��o solar e tendo uma dieta equilibrada. Alimentos e suplementa��o ricos em vitamina C, sil�cio org�nico e amino�cidos s�o positivos para a redu��o da degrada��o do col�geno.

Fontes: Sayuri Yuge, m�dica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e Tha�s Bittencourt Teles, m�dica dermatologista e dona da cl�nica Pelle Vitta