Consumidores e estabelecimentos devem ter atenção às embalagens e possíveis indícios de falsificação e violação - lacres rompidos e ausência de informações sobre a procedência dos produtos
O problema decorrente do consumo de bebidas adulteradas impõe um custo anual de R$ 28 bilhões à saúde pública. Keyse Ramalho, especialista da Avery Dennison, diz que tecnologias como etiquetas autoadesivas de segurança, lacres VOID, QR Codes serializados, NFC e RFID aumentam a rastreabilidade e a proteção, garantindo autenticidade e segurança ao consumidor. 
Por isso, é essencial verificar sempre a integridade da embalagem e as informações de procedência antes do consumo, priorizando marcas confiáveis que investem em soluções antifraude.

Mercado ilegal movimenta bilhões no Brasil

Um relatório divulgado neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) aponta que o mercado ilegal de bebidas alcoólicas movimentou R$ 56,9 bilhões no Brasil, aumento de 224% em relação a 2017. A sonegação fiscal no setor foi de mais de R$ 28 bilhões em 2023.

O Fórum categoriza as atividades ilegais em quatro tipos: falsificação (fabricação com marca falsificada e reutilização de garrafas de marcas legítimas), contrabando (importação ilegal de bebida sem pagamento de imposto), produção artesanal ilegal (fabricação sem seguir regras sanitárias e fiscais) e sonegação fiscal (venda sem recolher tributos).

O Anuário da Falsificação, feito pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), diz que a produção ilegal de cerveja artesanal mais do que dobrou entre 2016 e 2022, chegando a 48,1 milhões de litros. Também aconteceu com os destilados, com alta de 82%.



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