A Electronic Arts foi vendida por cerca de US$55 bilhões (R$292 bilhões na cotação atual) a um consórcio de investidores privados, no maior leveraged buyout (aquisição alavancada) da história, operação em que a empresa é comprada majoritariamente com dívida, segundo a Bloomberg. A operação avalia a empresa em US$210 por ação, um prêmio de 25% em relação ao preço anterior ao vazamento das negociações. 

 

O grupo comprador inclui a Silver Lake Management, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) e a Affinity Partners, de Jared Kushner. O financiamento combina US$36 bilhões em participação acionária do PIF com US$20 bilhões em dívida fornecida pelo JPMorgan Chase.

A EA, responsável por franquias como The Sims, Madden NFL e EA Sports FC, enfrenta um momento de crescimento mais lento no mercado global de videogames, avaliado em US$178 bilhões. O setor vem sofrendo após o pico da pandemia, marcado pela preferência dos jogadores por títulos gratuitos e constantemente atualizados. 

A venda permitirá que a companhia deixe de responder a pressões de resultados trimestrais, ganhando espaço para estratégias de longo prazo. Para os fundos, a força da EA em jogos de esportes garante uma receita previsível. Madden NFL, por exemplo, esteve entre os dez mais vendidos de 2024.

No mercado, a notícia provocou reação imediata. As ações da EA subiram mais de 5% e companhias como Take-Two e Roblox também registraram ganhos. A expectativa em torno do próximo lançamento da série Battlefield, previsto para 10 de outubro, já havia impulsionado os papéis em 15% ao longo do ano. 

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A negociação coloca a EA no mesmo movimento de consolidação que já levou a Activision Blizzard para dentro da Microsoft. Superando a compra da TXU em 2007, esta passa a ser a maior aquisição alavancada da história, reforçando o peso dos games na agenda de grandes investidores globais. 

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