Microsoft compra Activision Blizzard, desenvolvedora do 'Call of Duty'

A Microsoft, propriet�ria do Xbox, finalizou a compra da desenvolvedora de jogos de videogame Activision Blizzard, editora de "Call of Duty", "Diablo" e "Candy Crush", selando uma das maiores parcerias tecnol�gicas da hist�ria, ap�s ter superado, nesta sexta-feira (13), os obst�culos finais para a aquisi��o.

Em um documento regulat�rio enviado � Comiss�o de Valores Mobili�rios dos Estados Unidos (SEC, na sigla em ingl�s), a empresa disse que o acordo foi conclu�do, encerrando quase dois anos de r�gidas burocracias por parte dos reguladores, sobretudo nos EUA.

Ap�s sua oferta ter sido rejeitada em abril, a Microsoft apresentou, no final de agosto, � Autoridade de Concorr�ncia e Mercados do Reino Unido (CMA, na sigla em ingl�s) uma vers�o alterada de sua proposta de compra, e desta vez recebeu a "autoriza��o", anunciou o �rg�o regulat�rio brit�nico em um comunicado.

Esta mega aquisi��o, anunciada em janeiro de 2022, era uma aposta incisiva da Microsoft para se fortalecer nos videogames e ajudar seu console Xbox na concorr�ncia com o PlayStation, da Sony.

Esta compra coloca a gigante americana em terceiro lugar no ranking das maiores empresas de videogame. Em termos de volume de neg�cios, passa a ficar atr�s da Tencent e da Sony, ultrapassando a Apple.

Diante desta nova vers�o da proposta, prev�-se transfer�ncias not�veis, como a dos direitos dos jogos online da Activision Blizzard - incluindo os bem-sucedidos "Call of Duty" e "Candy Crush" -, que ser�o vendidos para a empresa francesa Ubisoft.

A cess�o tamb�m engloba jogos online (conhecidos como "cloud gaming") para PC e consoles da Activision produzidos ao longo dos pr�ximos 15 anos (fora do mercado europeu) e "impedir� que a Microsoft bloqueie a concorr�ncia neste setor (... ) quando esse mercado decolar", comemorou a CMA.

A ag�ncia reguladora brit�nica havia dado a autoriza��o provis�ria no final de setembro, mas demonstrou "preocupa��es" ligadas aos receios de que a Microsoft pudesse evitar ou n�o aplicar certas disposi��es do acordo com a Ubisoft.

Nesta sexta-feira, a CMA garantiu que o compromisso assumido pela empresa americana � suficiente "para garantir que este acordo seja aplicado da forma correta".

"Estamos gratos pela profunda an�lise e decis�o minuciosas de hoje da CMA", disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, em um comunicado transmitido � AFP.

A aquisi��o "beneficiar� os jogadores e a ind�stria neste campo em todo o mundo", acrescentou.

- Decis�o "muito esperada" -

"Estamos ansiosos para levar alegria a mais jogadores ao redor do mundo", disse o CEO da Activision, Bobby Kotick, ap�s o an�ncio das aprova��es regulat�rias necess�rias para finalizar a transa��o.

"A decis�o de hoje foi muito esperada e p�e fim ao que tem sido um processo tumultuoso para todas as partes envolvidas", segundo Alex Haffner, advogado especializado em quest�es de concorr�ncia, associado ao escrit�rio Fladgate.

A CMA temia que o formato inicial da opera��o reduzisse a concorr�ncia no mercado de jogos digitais.

A Comiss�o Europeia havia aprovado a compra em maio. J� a Autoridade da Concorr�ncia americana (FTC, na sigla em ingl�s) por sua vez, suspendeu em julho o procedimento administrativo que iniciou em dezembro contra esta aquisi��o, conforme estava previsto inicialmente.

A Microsoft contestou o bloqueio brit�nico em tribunal, mas concordou, no in�cio de julho, em suspender o procedimento judicial para chegar a um acordo com a autoridade reguladora.

A CMA "est� determinada a evitar fus�es que prejudiquem a concorr�ncia" e "tomamos nossas decis�es sem influ�ncia pol�tica e n�o seremos influenciados pelo lobby empresarial", afirmou Sarah Cardell, diretora-geral do �rg�o, citada no comunicado de imprensa.

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