Lugares Abandonados

Cidades fantasmas no Brasil: veja 4 lugares abandonados para visitar

Ruínas históricas, vilarejos desativados e destinos esquecidos revelam uma face pouco conhecida do turismo nacional

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Você já se perguntou o que acontece com uma cidade quando os moradores vão embora? Quando o tempo para e só o vento permanece andando pelas ruas vazias, entre ruínas silenciosas e histórias esquecidas? É isso que desperta o fascínio por cidades fantasmas no Brasil, destinos onde o abandono não apaga o passado, mas o transforma em atração turística e em oportunidade de reflexão.

Cada vez mais viajantes têm buscado experiências diferentes, longe dos roteiros óbvios. As cidades fantasmas oferecem exatamente isso, um mergulho em atmosferas misteriosas, cenários poéticos e memórias preservadas pelo abandono. Algumas nasceram de projetos grandiosos, outras ruíram com o tempo, mas todas guardam algo em comum: ainda estão lá, esperando quem tenha coragem e curiosidade para descobrir.

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O que são cidades fantasmas e por que elas surgem?

Cidades fantasmas são locais que já foram povoados, mas que hoje estão parcial ou totalmente abandonados. As razões para isso são diversas, como o fim de um ciclo econômico, o esgotamento de recursos naturais, desastres ambientais ou mesmo decisões políticas que mudaram rotas e prioridades.

No Brasil, apesar da grande concentração urbana, há dezenas de vilarejos, distritos e até cidades planejadas que acabaram caindo no esquecimento, mas deixaram rastros. E é justamente nessas ruínas, igrejas desertas e ruas de terra que está o charme de um turismo mais introspectivo e fora do comum.

Cidades fantasmas no Brasil que você pode conhecer

A seguir veja quais são as 4 cidades fantasmas que você pode visitar:

1. Fordlândia (PA)

Na floresta amazônica paraense, Fordlândia é talvez o exemplo mais curioso de cidade fantasma no Brasil. Criada nos anos 1920 por Henry Ford, o magnata da indústria automobilística, a cidade foi idealizada para fornecer borracha aos Estados Unidos. No entanto, o projeto enfrentou inúmeros desafios, como o solo inadequado para seringueiras, choques culturais com os trabalhadores locais e problemas sanitários.

Fordlândia foi abandonada, mas ainda guarda ruínas impressionantes: galpões industriais, casas em estilo americano e até um hospital abandonado. A cidade está localizada no município de Aveiro, e o acesso é feito por barco a partir de Santarém, no Pará.

2. Igatu (BA)

No coração da Chapada Diamantina, a vila de Igatu, na Bahia, é conhecida como a “Machu Picchu brasileira”. Construída em grande parte com pedras, Igatu foi um dos polos da extração de diamantes no século XIX. Com o declínio da mineração, a população diminuiu drasticamente.

Atualmente, o vilarejo preserva suas casas de pedra, igrejas históricas e uma atmosfera que mistura encanto e melancolia. O acesso é feito por estrada de terra a partir de Andaraí, e o local é ideal para quem busca uma experiência contemplativa em meio à natureza.

3. Cococi (CE)

No sertão do Ceará, o vilarejo de Cococi, localizado no município de Parambu, já teve escola, igreja e vida ativa, mas hoje guarda apenas ruínas e silêncio. Com poucas casas ainda de pé e uma capela solitária no centro da praça, a cidade virou um símbolo do êxodo rural nordestino. Cococi foi sendo esvaziada ao longo das décadas por diversos fatores: o isolamento geográfico, a ausência de serviços básicos como saúde e educação, a falta de oportunidades e, principalmente, as longas estiagens que tornaram a vida cada vez mais difícil no sertão.

Com isso, a população migrou para centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Hoje, a vila praticamente abandonada atrai visitantes interessados em fotografar suas ruínas, explorar o silêncio do interior profundo e refletir sobre as transformações do Brasil rural.

4. Galópolis (RS)

No interior de Caxias do Sul, Galópolis é um bairro que mais parece uma vila esquecida no tempo. Criado no século XIX durante o ciclo da industrialização na Serra Gaúcha, o local abrigava fábricas têxteis, galpões de produção e casas operárias construídas por imigrantes italianos.

Com o fechamento das indústrias e a descentralização da economia local, Galópolis entrou em declínio, perdendo boa parte de sua população e da movimentação comercial. Apesar disso, o lugar ainda guarda construções antigas, ruas de paralelepípedo e um ar nostálgico. Embora não seja totalmente desabitado como outras cidades fantasmas, Galópolis oferece uma atmosfera melancólica e contemplativa.

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