
A Constitui��o estabelece que todos s�o iguais perante a lei, mas h� muitos, como o desembargador, que se sentem acima da lei. Fico imaginando como uma pessoa dessas integra o maior tribunal do principal estado brasileiro. O guarda C�cero Hil�rio demonstrou ter mais equil�brio que o desembargador hil�rio. Cumpriu seu dever com educa��o e serenidade, ao contr�rio do desembargador, que n�o se comporta como um cidad�o igual aos outros, enquanto caminha na orla de Santos. Na sua cabe�a, continua de toga e com poderes de juiz sobre os demais.
Nos �ltimos 14 anos, o Conselho de Justi�a puniu 66 ju�zes com… aposentadoria. Condenados a receber sem trabalhar. Poucos chegam � pris�o, como o desembargador do trabalho Nicolau dos Santos Neto, que morreu de COVID-19. Desvios s�o ainda mais graves quando praticados por quem tem o poder de julgar os outros. M�-conduta e o “voc� sabe com quem est� falando” n�o s�o exclusivos de uma profiss�o. A carteirada � usual por quem n�o tem raz�o ou quer exce��o a alguma regra e se sente superior aos demais.
Embora eu j� tenha visto advogados, policiais, ju�zes, jornalistas, m�dicos, deputados, julgarem-se mais iguais que os outros, a arrog�ncia chamou mais aten��o desta vez, porque a Justi�a est� na berlinda, em consequ�ncia de arroubos dos que se julgam acima da lei e da Constitui��o. O epis�dio serve para avisar esses seres acima dos demais, que um poder ainda mais alto se levanta – o dos olhos e ouvidos digitais, que tudo testemunham, denunciando como de fato aconteceu. E a gente n�o precisa de nenhum relator para confirmar o que se ouve e v�. E quando se ouve e v� esse senhor desembargador, percebe-se o rid�culo e o hil�rio, nesse epis�dio triste e ris�vel.