
O risco de uma mulher ser diagnosticada com c�ncer de mama aumenta com a idade. No entanto, o risco de um resultado terap�utico desfavor�vel � maior para as mulheres que s�o diagnosticadas em idade jovem. Embora apenas 7% das mulheres diagnosticadas com c�ncer de mama tenham idade inferior a 40 anos, muitos desses c�nceres s�o letais.
As pacientes nessa faixa et�ria geralmente passam por tratamento intenso, mas a despeito das medidas terap�uticas institu�das, ocorre a dissemina��o da doen�a com o desenvolvimento de met�stases. Adicionalmente, pacientes mais jovens com c�ncer de mama s�o mais propensas a desenvolver tumores metast�ticos no c�rebro.
Usualmente, essas met�stases s�o tratadas com radioterapia e tratamento sist�mico, mas apesar de serem controladas temporariamente, acabam por progredir e provocar o �bito das pacientes.
Os pesquisadores t�m lutado para entender a natureza mais agressiva do c�ncer de mama em mulheres jovens. Mais recentemente, um estudo coordenado pela investigadora s�nior Patricia Steeg, Ph.D., e sua equipe, realizado em animais, identificou uma prov�vel causa.
A principal diferen�a entre pacientes jovens e idosas parece estar menos relacionada �s pr�prias c�lulas tumorais e ao microambiente tumoral no qual essas c�lulas viajam e crescem. As evid�ncias do estudo, publicadas na prestigiada revista cient�fica Clinical Cancer Research, sugeriram que um sistema imunol�gico mais jovem tolera com menos restri��es o desenvolvimento de met�stase do c�ncer de mama para o c�rebro, enquanto que um sistema imunol�gico mais idoso torna o c�rebro menos hospitaleiro para a migra��o cerebral de c�lulas do c�ncer de mama.
Para investigar se c�lulas cancer�genas id�nticas se comportam de maneira diferente em animais jovens do que em animais mais velhos, Steeg e equipe injetaram c�lulas humanas de c�ncer de mama em camundongos de diferentes idades e, em seguida, monitoraram esses camundongos, de acordo com o desenvolvimento de met�stases.
Os camundongos em seus experimentos desenvolveram um n�mero semelhante de tumores metast�ticos em seus f�gados e pulm�es, independentemente da idade. Mas a situa��o era diferente no c�rebro. A equipe de Steeg encontrou at� quatro vezes mais met�stases no c�rebro de animais jovens do que em mais velhos.
A equipe rastreou esse efeito para diferen�as relacionadas � idade no sistema imunol�gico. Eles descobriram que em animais jovens, o c�rebro cont�m mais macr�fagos e micr�glias infiltrantes – c�lulas imunes, capazes de combater tumores e proteg�-los, dependendo das circunst�ncias. Macr�fagos e micr�glias n�o eram apenas mais abundantes nos c�rebros de animais jovens, mas tamb�m se comportavam de maneira diferente.
De acordo com os experimentos da equipe, no c�rebro de animais jovens, essas c�lulas imunol�gicas promovem a sobreviv�ncia de c�lulas cancer�genas metast�ticas.
Com base nas descobertas de sua equipe, Steeg est� otimista de que modificar o ambiente imunol�gico pode ajudar a evitar met�stases cerebrais em pacientes jovens com c�ncer de mama. Os camundongos jovens em seus experimentos desenvolveram significativamente menos met�stases cerebrais quando receberam uma droga que reduziu macr�fagos e micr�glia, tornando o ambiente imunol�gico em seus c�rebros mais parecido com o de camundongos mais velhos.
Eles conseguiram isso inibindo um regulador do sistema imunol�gico chamado receptor do fator 1 estimulador de col�nias. Steeg espera que uma abordagem semelhante possa beneficiar pacientes jovens com c�ncer de mama, e ela come�ou a investigar potenciais candidatas para estudos cl�nicos.