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Empatia e solidariedade s�o fundamentais na rela��o m�dico-paciente

Congresso de Oncologia alertou profissionais da sa�de para a import�ncia das dimens�es psicol�gica, moral, social e cultural do of�cio da medicina


postado em 29/11/2019 04:00 / atualizado em 28/11/2019 18:41


Na semana passada, foi realizada a 7ª edi��o do Congresso Internacional de Oncologia D'Or, no Rio de Janeiro. O presidente da D'Or, Paulo Hoff, adiantou, na abertura, que um dos temas do encontro seria o lado humanizado da medicina. Quem falou sobre o assunto foi Miguel Srougi, um dos principais cirurgi�es do pa�s em c�ncer de pr�stata, que tamb�m participou dos m�dulos sobre experi�ncia do paciente e cuidado integral, al�m da sess�o multidisciplinar. O princ�pio a ser expresso � que a doen�a envolve muito mais do que a enfermidade. Engloba tamb�m as dimens�es psicol�gica, moral, social e cultural.

Durante profunda avalia��o sobre as mudan�as da carreira da medicina nas �ltimas d�cadas, Srougi fez quest�o de alertar os novos m�dicos para o fato de que valores como empatia, solidariedade e compaix�o continuam imprescind�veis para o relacionamento com o paciente e a constru��o da reputa��o do profissional. “S�o predicados essenciais para a forma��o m�dica”, afirmou. Essa capacidade do m�dico de se colocar no lugar do doente, Srougi ressaltou, foi a diretriz que norteou boa parte do m�dulo sobre a experi�ncia do paciente.

O p�blico presenciou a apresenta��o de casos do projeto “O que importa para voc�”, da Rede D'Or, que realiza desejos de pacientes, bem como uma palestra sobre o papel da equipe multidisciplinar no acompanhamento de sobreviventes de c�ncer. As dificuldades que pacientes enfrentam por n�o entender o linguajar m�dico apontam para a necessidade de o profissional observar certas quest�es, como o contexto cultural das pessoas e o grau de forma��o delas. Dessa forma, pode avaliar as melhores formas de comunicar at� coisas mais simples, como a periodicidade de um medicamento.

Mesmo no m�dulo sobre gest�o e inova��o, a aten��o com o bem-estar do paciente foi apontada como prioridade. O norte-americano Felix Tran, analista da equipe de estrat�gia de investimentos tem�ticos, observou que a incorpora��o da intelig�ncia artificial oferece diversos benef�cios. Um deles � agregar valor para o paciente, por meio de bases gen�ticas, e codificar o atendimento de maneira mais sofisticada. Tran destacou a import�ncia da interliga��o entre a sa�de e as tecnologias de informa��o e comunica��o. “O avan�o da tecnologia ajuda na democracia e no controle de qualidade, conquistando melhorias e oferecendo benef�cios diretos ao paciente”, afirmou.

Como j� contei aqui v�rias vezes, fam�lia grande tem de tudo. E o c�ncer n�o est� de fora, n�o s�o poucos os casos que vamos enfrentando ao longo da vida, pessoais e de parentes pr�ximos. Por causa disso, estou sempre atenta ao assunto e gosto de destacar uma figura m�xima no setor, o cancerologista Enaldo Melo de Lima, que dirige a oncologia do Hospital Mater Dei. Eu o conheci sob a press�o das enfermidades de meu marido e, logo em seguida, de meu sobrinho. Ambos n�o sobreviveram, mas o que a fam�lia recebeu desse especialista � um raro exemplo de como a medicina deve ser levada n�o s� pensando na doen�a, mas tamb�m no estado emocional do paciente e dos familiares. Acredito sempre que quanto mais se fala no assunto, mais leve o desgaste emocional fica. N�o consigo entender a cabe�a de pessoas que escondem que t�m ou j� passaram pela doen�a.

Enaldo Melo n�o esconde nada. Sabe levar as informa��es num clima que est� longe de ser avassalador. Como sou sempre muito xereta, queria saber de tudo, dos menores detalhes, da gravidade da doen�a. E sempre recebi dele informa��es pacificadoras, que acalmam a alma e preparam o cora��o para os resultados. Sua dedica��o foge aos par�metros normais da medicina atual, ele sempre esteve pronto para atender seus pacientes, no hospital ou em casa. Como era comum antigamente, fato cada vez mais raro nos dias atuais.

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