
O pa�s marcou o 27 de novembro como o dia dedicado nacionalmente ao combate ao c�ncer. Por causa disso, voltamos ao assunto com algumas explica��es sobre o que � fato e o que � mito, com a colabora��o de m�dicos do Centro Paulista de Oncologia. Confira:
Mamografia realizada anualmente aumenta o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos. Esse � um boato recorrente, e, com as redes sociais, ganhou ainda mais for�a nos �ltimos anos. Recentemente, nova onda de fake news invadiu grupos de WhatsApp por conta de um v�deo que passou a circular e supostamente trazia dados comprovando que a realiza��o anual do exame aumentaria o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos. Todos os anos, cerca de 60 mil brasileiras recebem o diagn�stico de c�ncer de mama. � o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, ficando atr�s apenas do c�ncer de pele n�o melanoma.
“Apesar de o diagn�stico gerar preocupa��o, � preciso ressaltar que a doen�a tem tratamento e que as chances de recupera��o total das pacientes, quando o diagn�stico � feito de forma precoce, superam a marca de 95% dos casos”, explica o m�dico Daniel Gimenes. A principal ferramenta para que isso seja poss�vel � a mamografia, exame que deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos e consegue detectar um n�dulo antes mesmo que ele se torne palp�vel.
Tumor reincidente n�o tem cura: tudo depende essencialmente do tipo e do est�gio desse tumor. Quanto mais cedo for feito o diagn�stico, mais chances de o tratamento ter sucesso. “Quando descoberto tardiamente, podem surgir diversas complica��es mesmo ap�s a doen�a ter sido tratada. Por isso, � fundamental analisar cada caso individualmente”, explica o m�dico Marcelo Aisen.
O c�ncer antes dos 30 anos � 100% heredit�rio: o c�ncer heredit�rio se manifesta predominantemente em pacientes com menos de 50 anos, entretanto s� 10% dos c�nceres s�o heredit�rios, enquanto os outros 90% tem rela��o com o estilo de vida. “Conhecer o hist�rico familiar � essencial, mas � preciso tamb�m ter cuidado com h�bitos do cotidiano. Alimenta��o saud�vel, pr�tica de exerc�cios f�sicos e ingest�o controlada de bebidas alco�licas s�o atitudes que podem prevenir o desenvolvimento do c�ncer antes dos 30 anos”, comenta Daniel Gimenes.
Toda mulher que contrai HPV ter� c�ncer: o v�rus do HPV � a principal causa do desenvolvimento do c�ncer uterino. Por�m, existem 40 tipos de v�rus e nem todos levam � doen�a. “Para que esse tipo de c�ncer surja, h� outros fatores associados, como baixa imunidade, tabagismo, m�ltiplos parceiros sexuais”, explica Gimenes.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo s�o sintomas do c�ncer de tireoide: a tireoide � uma gl�ndula que produz horm�nios respons�veis por diversas atividades no corpo humano e fica na parte anterior do pesco�o, abaixo da regi�o conhecida como Pomo de Ad�o. A secre��o aumentada deles provoca o hipertireoidismo, enquanto a secre��o diminu�da, o hipotireoidismo. “O aparecimento de n�dulos n�o significa que seja, de fato, c�ncer. Em 90% dos casos, os n�dulos identificados s�o benignos, n�o se trata de c�ncer. O recomend�vel � que, em caso de anormalidade, a pessoa busque ajuda m�dica para investiga��o”, recomenda Aisen.
Ingest�o de leite pode causar c�ncer ou prejudicar o tratamento do paciente oncol�gico. A ingest�o do leite � constantemente alvo de debates entre especialistas e tamb�m por consumidores. Conhecido como �tima alternativa para a preven��o da osteoporose, o leite � associado ao surgimento do c�ncer. “N�o existem estudos que comprovem a rela��o direta na causa de tumores. Por�m, a alta ingest�o � associada a algumas doen�as que podem aumentar o risco do surgimento do c�ncer, como � o caso da obesidade, por exemplo”, explica Gimenes.
Implantes de silicone podem causar c�ncer de mama. O c�ncer de mama � uma doen�a que acomete a gl�ndula mam�ria, sobretudo dutos e l�bulos. Por�m, as pr�teses de silicone s�o vistas por alguns como fator para o surgimento da doen�a. Apesar de ser uma quest�o levantada h� anos, estudos comprovaram n�o haver rela��o entre o uso de pr�teses com o c�ncer de mama. “A recomenda��o � que tanto as mulheres com implantes quanto as que n�o os possuem mantenham a avalia��o peri�dica e realizem os exames para monitora��o”, enfatiza Gimenes.
