
Ao longo dos anos, o hospital funcionou perfeitamente, e meu pai foi um dos priores que comandavam toda a movimenta��o do servi�o. Os tempos foram ficando cada vez mais dif�ceis para esse tipo de servi�o beneficente e, nos �ltimos anos, a tradi��o hospitalar da cidade – que atendia at� necessitados dos seus entornos – acabou sendo encerrada. Um dos empecilhos para seu funcionamento tradicional foi certamente o desvio das verbas que, a certa altura da pol�tica governamental, eram destinadas � casa de sa�de.
Tradi��o mantida, minha fam�lia continua sempre � frente das campanhas que, ao longo dos �ltimos anos, v�m sendo realizadas para a reabertura do hospital. Tempo passando, e prefeitos mudando, s� na �ltima temporada � que a prefeitura da cidade tomou a seu encargo a restaura��o do hospital, usando como recurso para as obras a restitui��o das verbas anteriormente desviadas. Para isso, foi preciso que fosse criado um acordo judicial. Pelo programa de trabalho, as obras de restaura��o do centro cir�rgico ficar�o prontas no pr�ximo m�s de junho.
O atual representante da Irmandade, Milton Magalh�es de P�dua, conta que pelo menos para uma coisa essa praga do novo coronav�rus serviu: a prefeitura da cidade acaba de dotar a parte t�rrea do hospital com 50 leitos para atender � necessidade de doentes da cidade. Outro dado importante � que a nova atitude de preserva��o de t�o importante obra social centen�ria existente na cidade por parte da prefeitura est� rendendo uma revigora��o total no seu renascimento.
O atual prior, Camilo Teixeira da Costa Filho, junto com o representante da Irmandade, montou um programa de restaura��o da institui��o que inclui quatro fases, que come�am com o funcionamento do centro cir�rgico, maternidade e outros servi�os. Uma equipe de dire��o foi criada, com uma diretoria profissional, que inclui diretor profissional, mais tr�s gerentes, um corpo de fiscaliza��o e uma for�a nova para manter o Hospital S�o Jo�o de Deus funcionando.
Nos bastidores das campanhas, est� sempre Beatriz de Almeida Teixeira, que com seus irm�os age intensamente, mas nunca aceita comandar publicamente o funcionamento do hospital, por onde j� passaram, como priores, personalidades importantes da fam�lia, como Carlos Martins Teixeira, Ari Teixeira da Costa, prefeito por v�rias vezes da cidade, e muitos outros.
Outro dado importante sobre o hospital � que a baronesa fez quest�o de dotar seu funcionamento de uma pequena capela barroca, cujo bonito ret�bulo foi retirado e exposto no Museu Hist�rico Aur�lio Dolabela, que, quando aberto, funciona no Solar Teixeira de Costa.