Leitores desta coluna devem estar cansados de saber que sempre chamo o Hospital Mater Dei de minha segunda casa. Isso porque l� acontecem os mais variados problemas de sa�de de minha fam�lia, com o acompanhamento e apoio total da fam�lia Salvador Silva. Acabo de receber de l� outra gra�a, com a cura de um dos meus sobrinhos, que foi apanhado com for�a total pela COVID-19.
Durante um m�s inteiro, ele esteve internado no hospital, numa luta total para a recupera��o da sa�de. Forte e saud�vel, apareceu com os sintomas da pandemia e, se n�o fosse a equipe do hospital, teria ido embora. Como disse Marcos Lasmar, que dirige a equipe de urologia do Mater Dei, ele esteve l� em cima e Deus o mandou de volta.
Domingo �ltimo, fui visit�-lo em sua casa, porque n�o fui nem uma vez ao hospital, deixando o hor�rio destinado ao seu acompanhamento � sua mulher, filhas e irm�. Agradeci a Deus mais uma vez por sua recupera��o, est� absolutamente l�cido e normal. Vai ter que se submeter a um s�rio tratamento de fisioterapia, porque depois de um m�s de cama, com todo o organismo lutando para sua sobreviv�ncia, a movimenta��o f�sica est� fraca.

A doen�a tem esse outro lado tr�gico: o paciente tem que ficar praticamente sozinho enquanto est� no CTI, mas permitiram que suas filhas e mulher estivessem com ele, quando ficou l�cido, alguns momentos por dia. S� que outras visitas n�o eram nem permitidas nem razo�veis. Afinal de contas, era preciso respeitar o isolamento total.
Um de seus �rg�os atacados pela COVID-19 foram os rins, o que fez com que ele voltasse � vida foi ter sido colocado em um tratamento novo que s� existe no Mater Dei, o prisma, que faz hemodi�lise de rins e sangue ao mesmo tempo. Durante tr�s dias, ele foi submetido a esse tratamento, que s� � usado em casos extremos e, felizmente, tudo deu mais do que certo. � claro que al�m disso ele ficou entregue aos cuidados da equipe de CTI do hospital, como acompanhamento m�dico rigoroso.
A hemodi�lise deu t�o certo que, quando seus rins funcionaram pela primeira vez, de modo normal, ele mandou que me telefonassem para me contar que tinha acabado de fazer litros de xixi. Para minha felicidade e de toda a fam�lia, que ficou sabendo, por isso, que ele estava a caminho da recupera��o.
Para quem n�o est� vivendo a tens�o de ter uma pessoa da fam�lia passando por uma crise forte de COVID-19, esses detalhes parecem um exagero. Mas significam n�o s� esperan�a de cura, como uma libera��o de tens�o. Todos n�s da fam�lia passamos um m�s inteiro penando, quem me acudia com frequ�ncia era Henrique Salvador, que sinalizava o desenrolar do tratamento, sem provocar tens�o nem falsa esperan�a. Seus telefonemas me valeram muito.
Outro lance que n�o posso esquecer � que, al�m dos cuidados e aten��o que recebeu no hospital, meu sobrinho, que � da Igreja Batista, recebeu correntes variadas de ora��o para sua cura, e v�rias frentes de f� evang�lica, que pratica e mant�m um daqueles encontros b�blicos em casa. � claro que tenho abordado aqui, com frequ�ncia, os problemas provocados pela infodemia, na abordagem sem dados legais da COVID-19.
Agora, com um caso na fam�lia, aprendi que o que conta mesmo, e muito, n�o s�o s� os cuidados pr�vios, mas principalmente o tratamento r�pido, sem esperar que o organismo tenha todos os �rg�os atingidos pela doen�a.