Calor de ver�o, sem praias e sem piscinas, livra muitas pessoas da psor�ase, uma enfermidade da pele autoimune, n�o contagiosa e sem cura. A presen�a das manchas r�seas ou avermelhadas, cobertas por escamas esbranqui�adas, decorrentes da doen�a, atinge cerca de 1,3% da popula��o brasileira. A incid�ncia � maior em homens e mulheres entre 30 e 39 anos. O ver�o, por ser a esta��o na qual a pele fica mais exposta ao sol, � o per�odo de maior preocupa��o e cuidado para esses pacientes. De acordo com o Relat�rio sobre Pacientes com Psor�ase – Brasil, realizado pela HSR Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers, no ver�o, 62% dos psori�ticos deixam de expor seu corpo em praias e piscinas devido � vergonha e baixa autoestima causada pelas manchas na pele.
Os dados do levantamento deixam claro que o impacto da psor�ase vai muito al�m das les�es cut�neas e eventuais problemas nas articula��es. As manchas na pele trazem outros transtornos importantes e podem afetar o relacionamento com o parceiro (a), visto que 62% afirmaram que essa rela��o � bastante ou muito problem�tica. A vergonha � o sentimento mais apontado pelos entrevistados. Para 79% deles, essa � a emo��o mais forte com rela��o � doen�a, seguida de baixa autoestima (78%) e tristeza (75%). Especificamente com rela��o ao ver�o, somente 38% dos entrevistados afirmam que v�o a praias, piscinas e exp�em o corpo na esta��o. Outros 38% evitam esses locais e 24% frequentam, mas n�o tiram totalmente a roupa.
Conforme o estudo, o tempo m�dio que separa o paciente do diagn�stico � busca por ajuda m�dica � de tr�s anos e oito meses. Segundo os psori�ticos, eles passam em at� tr�s m�dicos para receber o diagn�stico. O estudo ouviu 180 pacientes e as marcas da doen�a est�o presentes em 94% da amostra, independentemente se o tratamento � feito pela rede privada ou p�blica. Em m�dia, o paciente com a enfermidade tem mais de um ter�o do corpo com les�es. Entretanto, 27% declaram que t�m mais de 50% da pele comprometida. Apenas 6% disseram n�o ter marcas. Problemas articulares tamb�m afetam cerca de um ter�o dos pacientes com psor�ase, caracterizada por artrite psori�tica. Quando observados pacientes atendidos via SUS, o percentual sobe para 41%.
No total, 29% dos psori�ticos n�o tratam a doen�a. Entre os 71% que tentam controlar os sintomas h�, em m�dia, relatos de dois efeitos colaterais do tratamento. Coceiras foram apontadas por 27%. Ainda entre as principais consequ�ncias est�o perda de cabelo (22%), ganho de peso (20%), dor de cabe�a (16%), vermelhid�o, calor, prurido ou ondula��es na pele no local da inje��o (11%) e alergias (11%). Os tipos de cuidado mais comuns envolvem o uso de cremes hidratantes (69%), pomadas (68%), comprimidos (33%) e inje��es de medicamentos biol�gicos (19%). Na maioria dos casos, o acesso �s formas de tratamento se d� pela rede particular e 22% dos pacientes recorrem exclusivamente ao SUS.
Segundo Bruno Mattos, s�cio-diretor da HSR Health e respons�vel pelo estudo, "o paciente leva muito tempo para procurar ajuda m�dica especializada para o tratamento da psor�ase, carregando as les�es muitas vezes por anos. Mesmo pacientes que j� receberam o diagn�stico m�dico, um ter�o n�o faz tratamento. Chegou a hora de melhorar a qualidade de vida do psori�tico, oferecer os melhores tratamentos e recuperar sua autoestima". Para entender o status de pacientes psori�ticos no Brasil, formas de tratamentos e rela��o com a doen�a, a HSR Health realizou pesquisa on-line entre 1º e 15 de dezembro de 2020, por meio de metodologia quantitativa, englobando 180 pacientes diagnosticados com a doen�a. O estudo teve abrang�ncia nacional e distribui��o entre todas as idades, g�neros e classes sociais. O n�vel de confian�a � de 95%, e a margem de erro � de
7,3 pontos percentuais.