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Estado de Minas

Sintomas at�picos contribuem para agravar quadro de infarto em mulheres

Sintomas comuns da doen�a coron�ria s�o dor no peito e queima��o, mas mulheres podem sentir dor nas costas ou no est�mago


15/04/2021 04:00


As doen�as cardiovasculares est�o entre as que mais matam mulheres ao redor do mundo. Dados divulgados pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) mostram que essas enfermidades s�o respons�veis por 1/3 dos �bitos femininos, o que significa 8,5 milh�es de mortes ao ano ou 23 mil por dia. Um dos fatores que contribui para esse cen�rio � o fato de mulheres poderem apresentar sintomas at�picos com rela��o a essas doen�as, conforme explica o m�dico cardiologista Roberto Yano.

Enquanto os sintomas comuns do infarto s�o dor no peito em forma de aperto e queima��o, que pode irradiar para queixo, mand�bula e epig�strio, com dura��o maior de 20 minutos, mulheres prestes a sofrem um infarto do mioc�rdio podem chegar ao pronto-socorro com manifesta��es at�picas como dor nas costas ou no est�mago, por exemplo.

“N�o � incomum que elas cheguem apenas com falta de ar, sudorese ou sensa��o de desmaio. Devido aos sintomas at�picos, a mulher costuma demorar mais a procurar ajuda m�dica. Acha que est� com uma gastrite e acaba tomando um anti�cido. Acredita que a dor nas costas � da coluna e acaba tomando um anti-inflamat�rio. Essa demora no reconhecimento de sintomas retarda a sua ida ao hospital, o que piora o progn�stico da doen�a”, alerta Yano.

O m�dico elucida que, quanto mais se demora para abrir uma art�ria que est� entupida, maiores os riscos de complica��es e morte. “Muitas vezes se conseguimos abrir a art�ria da paciente em at� 3 horas, seja atrav�s de angioplastia ou por meio de medicamentos trombol�ticos, existes grandes chances das sequelas serem menores ou at� mesmo nem existirem”, diz.

A coluna conhece um caso de mulher de m�dico que chegou em casa depois da caminhada matinal sentindo-se indisposta. O marido aferiu a press�o, escutou o cora��o e pediu que ela ficasse sentada para descansar enquanto ele tomava um banho r�pido. Quando voltou ao quarto, a mulher j� estava infartada e morta. O caso n�o � comum, � claro, mas isso acontece porque as mulheres, al�m de possu�rem manifesta��es at�picas e protelarem a ida ao pronto atendimento, a mulher tem as coron�rias mais finas, mais dif�ceis no geral de serem tratadas.

“O processo de aterosclerose e rompimento do endot�lio do vaso � mais complicado nas art�rias das mulheres, por elas serem menos calibrosas. Ent�o, mesmo chegando ao cateterismo e a angioplastia, no geral, o tratamento de mulheres, principalmente se forem diab�ticas, � bem dif�cil”, comenta o especialista.

A mudan�a no estilo de vida e no comportamento das mulheres nos �ltimos anos tamb�m v�m contribuindo para o aumento da incid�ncia de infarto. O estilo de vida delas est� cada vez mais estressante, tpois t�m que vivenciar uma jornada tripla que envolve o trabalho para sustentar a fam�lia, a jornada para cuidar dos filhos e ainda a responsabilidade de zelar pela casa.

“A mulher tamb�m est� cada vez mais obesa, sedent�ria, estressada, nervosa, ansiosa e cuidando pouco da sua sa�de f�sica e mental. � cada vez mais comum encontrar no consult�rio mulheres com esse perfil. � preciso considerar ainda que com o passar da idade, os n�veis de colesterol e triglic�rides v�o piorando; a press�o arterial tende a se elevar; a glicose tende a aumentar e o envelhecimento leva as pessoas a ficarem paradas. Tudo isso vai levar ao aumento do risco de infarto na mulher”, alerta Roberto Yano.

At� a menopausa da mulher influencia nesta estat�stica, visto que, quando ela ocorre, o fator protetor do infarto que � o estr�geno diminui. “Esse horm�nio que a mulher produz ajuda a reduzir o LDL colesterol (ruim) e aumentar o HDL colesterol (bom). Al�m disso, o estr�geno atua como um vasodilatador arterial, ajudando a controlar a press�o arterial. Ap�s a menopausa, devido a perda desse fator protetor, o estr�geno, o risco de infarto na mulher aumenta gradativamente. A partir dos 65 anos, passa a se igualar ao risco dos homens.”

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