
A pesquisa Diet & Health Under COVID-19, realizada com respondentes de 30 na��es em todo o mundo, colocou as pessoas do Brasil em primeiro lugar entre as que mais acreditam ter engordado na pandemia: 52% declararam ter aumentado de peso desde o in�cio da dissemina��o do coronav�rus no pa�s. No Brasil, foram 6,5kg a mais. Eu n�o estou nessa conta, mas tamb�m n�o emagreci, porque o home office d� vontade de beliscar o dia inteiro. Ent�o, n�o d� para emagrecer e, em alguns casos, tamb�m para engordar.
Mas o aumento de peso se deve, em grande parte, aos transtornos alimentares gerados ou agravados ao longo da pandemia. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a compuls�o alimentar atinge cerca de 2,5% da popula��o mundial. No Brasil, 4,7% da popula��o tem algum tipo de transtorno alimentar, sendo mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos. Cerca de 49% das pessoas que apresentam o transtorno s�o obesas, sendo que 15% s�o obesas m�rbidas.
Um dos maiores transtornos alimentares, o comer emocional, est� associado a h�bitos condicionados pelo nosso humor. Nesses casos, a pessoa n�o come por fome ou por uma necessidade fisiol�gica, mas para satisfazer as necessidades emocionais. “Quando uma pessoa est� se sentindo ansiosa e devora um pote de sorvete sozinha, o prazer � instant�neo. Ou seja, a recompensa e a sensa��o imediata de bem-estar ajudam a reduzir a ansiedade”, justifica Fl�via Teixeira, psic�loga, mestre em sa�de coletiva pela UFRJ, especialista em transtornos alimentares pela USP e p�s-graduada em psicossom�tica contempor�nea.
Segundo a psic�loga, comer sem estar com fome, sem prestar aten��o no alimento � um h�bito muito comum nos estados de ansiedade, como um mecanismo de enfrentamento que pode diminuir temporariamente emo��es indesejadas, e h� uma s�rie de raz�es por tr�s desse comportamento, como a dificuldade de lidar com as pr�prias emo��es. E n�o podemos culpar essas pessoas, pois n�o � f�cil mesmo. Mas h� v�rias formas de resolver a quest�o: fazer terapia, conversar com amigos ou familiares.
“� essencial entrar em contato com o que sentimos, entender o que desencadeia e o que fazer com esse sentimento. Temos sempre alguns sinais internos de que h� algo em nossa vida que precisamos mudar ou melhorar. Um bom manejo emocional, no qual encontramos uma sa�da satisfat�ria para nossas emo��es, diminuir� nossos n�veis de ang�stia e tens�o e, portanto, nossa necessidade de comer”, afirma Fl�via Teixeira. “Comer, muitas vezes, serve como mecanismo de distra��o para escapar da realidade, como se fosse uma forma de aliviar as dores moment�neas”, acrescenta a psic�loga.
Para identificar a fome emocional, Fl�via refor�a alguns sinais: aparece inesperadamente; comer automaticamente, sem estar ciente do tempo ou da quantidade; geralmente, querer um tipo espec�fico de comida ou refei��o, quase sempre alimentos gordurosos ou com a��car; n�o se sentir saciado; depois de comer, sentir culpa, arrependimento ou vergonha.“Uma vez percebida que a sensa��o de fome n�o � f�sica, mas emocional, e que a ansiedade � o que est� favorecendo a n�o resistir ao ataque compulsivo � comida, � hora de procurar ajuda. Afinal, ningu�m consegue dissociar o emocional do biol�gico sem um tratamento adequado”, finaliza a psic�loga.
PRESENTE PARA A CIDADE
A Santa Casa BH inicia nova etapa em sua jornada, levando tratamento de qualidade aos pacientes oncol�gicos. Ontem (21/5), o maior hospital de Minas Gerais inaugurou o seu Instituto de Oncologia, ambiente voltado a oferecer o melhor atendimento e estrutura de ponta para milhares de pessoas que est�o na luta contra v�rios tipos de c�ncer.
Com o Instituto de Oncologia, a Santa Casa BH d� um grande passo no aprimoramento do atendimento aos casos oncol�gicos, garantindo que todos os procedimentos assistenciais sejam realizados no mesmo local, contando com estrutura confort�vel e acolhedora para tratar, ainda melhor, quem precisa. O novo espa�o tem 37 consult�rios, 88 pontos para tratamento de quimioterapia, dois aceleradores lineares, quatro leitos de urg�ncia, salas de observa��o, al�m de toda a infraestrutura hospitalar da SCBH.
A unidade vai possibilitar que a institui��o triplique a sua capacidade de atendimento a pacientes com c�ncer. Sempre oferecendo total acompanhamento pela equipe multiprofissional, formada por m�dicos, enfermeiros, t�cnicos em enfermagem e em radioterapia, nutricionistas, psic�logos, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas, entre muitos outros.